Confiança do empresário do comércio aumenta mais de 10%
Neste novembro, 41% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano. No mês passado, esse percentual era de 39,8% dos entrevistados
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 109,3 pontos no mês de novembro, mantendo-se acima da zona de indiferença (100 pontos). Na comparação com outubro, o indicador evoluiu 1,9% com ajuste sazonal. Já ante novembro do ano passado, o aumento foi de 10,6%.
“A melhora gradual da atividade econômica, a desaceleração da inflação e a redução dos juros e do custo do crédito vêm beneficiando o poder de compra das famílias e impulsionando aos poucos as vendas do comércio. Além disso, existe uma grande expectativa dos comerciantes para as vendas de fim de ano”, explica Juliana Serapio, assessora econômica da CNC.
Comércio melhor do que em 2016
O subíndice que mede a avaliação das condições correntes pelo comerciante apresentou aumento de 1,6% na série com ajuste sazonal. Na comparação anual, apresentou um aumento significativo de 35,7%. Apesar disso, continua na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), com 79,4 pontos.
Em relação a novembro de 2016, a percepção dos varejistas em relação às condições atuais melhorou expressivamente em todos os itens avaliados (economia, setor e empresa), com destaque para a economia, com aumento de 48,6%.
Neste novembro, 41% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano. No mês passado, esse percentual era de 39,8% dos entrevistados.
Expectativas positivas no curto prazo
O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 1,5% em relação a outubro e 1,4% na comparação com novembro de 2016. Apesar do arrefecimento na evolução das expectativas dos comerciantes, o componente atingiu o mesmo nível do início de 2014 e segue sendo o único subíndice do Icec acima da zona de indiferença, com 152,4 pontos.
As perspectivas no curto prazo em relação ao desempenho do comércio e da própria empresa melhoraram relativamente em comparação com novembro de 2016 (ambas com +2,0%). Já as perspectivas quanto às evoluções da economia tiveram um ligeiro aumento de 0,1%.
Na avaliação de 82,8% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente. Em outubro, esse percentual havia alcançado 80,7% e, em setembro, 78,4%.
Intenção de investimento no comércio
Os preparativos para as festas de fim de ano mostram impacto positivo no subíndice que mede as intenções de investimento do comércio, que aumentaram 0,7% em novembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação anual, o subíndice teve aumento de 9,5%, puxado por incrementos tanto na intenção de contratar (+7,7%) quanto na de investir na empresa (+18,9%) e em estoques (+4,2%). Na comparação mensal, com ajuste sazonal, apresentaram aumento as intenções de investimento na empresa (+1,5%) e em estoques (+1,0%). A perspectiva de contratação de funcionários teve leve queda (-0,2%).
Para 27,4% dos comerciantes consultados em novembro, o nível dos estoques está acima do que esperavam vender, proporção menor do que a apontada em outubro (27,8%). O percentual que indica insatisfação quanto ao nível dos estoques tem reduzido e converge mês após mês para a média histórica do indicador (25%).
A CNC estima crescimento de 4,3% no volume de vendas do varejo no Natal de 2017, o primeiro aumento no período desde o Natal de 2014.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) detecta as tendências do setor, do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas as capitais do País, e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos.
Fonte: CNC