Consumo de produtos piratas cai no Brasil

Mesmo com o forte recuo, adquirir produtos piratas é uma prática que atinge 40,4 milhões de brasileiros

O consumo de produtos piratas no Brasil apresentou retração pelo terceiro ano consecutivo e atingiu 27,9% no mês de agosto, o menor índice desde o início do levantamento em 2006, quando o dado ainda registrava 42,1%. Desde 2012, a taxa de consumo deste tipo de produto vem em queda e se mantendo abaixo da média histórica do levantamento, que é de 42,3%.

De acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos, mesmo com o forte recuo, o consumo de produtos piratas é uma prática que atinge 40,4 milhões brasileiros. Vale ressaltar que em 2011 mais da metade dos brasileiros consumiam produtos piratas e agora, em 2014, menos de um terço da população tem esta prática.

“A pesquisa deste ano traz basicamente uma boa notícia e um alerta. A boa notícia é que a pirataria física, aquela que nós brasileiros nos acostumamos a presenciar em ruas e praças de centros comerciais pelo país, está em baixa. Isso é muito bom sob o ponto de vista da segurança pública e do ordenamento urbano. Agora, a migração da pirataria física para a Internet exige que novas ferramentas de controle na Web sejam desenvolvidas e que a legislação acompanhe a velocidade com que esse movimento ocorre. Do contrário empresas, governos e sociedade continuarão a ter prejuízos pela ação desse mercado paralelo”, afirma Christian Travassos, economista da Fecomércio RJ.

9 em cada 10 brasileiros (94,5%) que adquirem produtos piratas afirmam que o preço é o principal motivo para a compra deste tipo de item. Ainda segundo a pesquisa, 40,9% dos brasileiros consideram que baixar músicas ou outros conteúdos pela Internet, sem a autorização do proprietário, seja crime. No entanto, 22,0% dos brasileiros têm como costume baixar músicas de graça ou outros conteúdos, sem autorização do proprietário, através da Internet.

Apesar da redução no nível de consumo e da maior presença da internet nos lares brasileiros, DVD e CD continuam liderando o ranking de itens piratas mais consumidos, com 64,1% e 56,9%, respectivamente. Importante frisar que a aquisição de CDs piratas registrou queda de 12,8 pontos percentuais, na comparação com agosto de 2013. É o menor percentual para o item desde o início da série histórica.

A redução de consumo deste item vem impactando de forma direta no índice geral de consumo de produtos piratas no Brasil. Entre outros itens piratas consumidos estão: Roupas (11,9%.); Calçados, bolsas ou tênis (10,4%); e Óculos (10,4%).

A pesquisa foi realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos, entre os dias 18 a 28 de agosto, possui abrangência nacional e contou com a opinião de 1.000 consumidores em 70 municípios.

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