COP 4 recomenda a proibição do uso de aromatizantes em cigarros

Fumicultores brasileiros ficaram mais tranquilos depois da 4ª Conferência da Convenção Quadro para Controle do Tabaco (COP 4), realizada em Punta del Este, no Uruguai. Ao final do encontro, foi recomendada a…

Fumicultores brasileiros ficaram mais tranquilos depois da 4ª Conferência da Convenção Quadro para Controle do Tabaco (COP 4), realizada em Punta del Este, no Uruguai. Ao final do encontro, foi recomendada a proibição do uso de aromatizantes, o que preocupa a indústria, mas mantida a possibilidade de adição de açúcar no fumo tipo burley.

A decisão tranquiliza os produtores da variedade, que corresponde a 25% da produção anual brasileira. Esse tipo de tabaco, durante o processo de secagem, sofre perda do açúcar natural. Com isso, o tabaco fica mais amargo e, para torná-lo mais palatável, adiciona-se açúcar durante a fabricação dos cigarros.

Conforme o vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Heitor Petry, a mobilização dos representantes dos fumicultores foi fundamental para sensibilizar as autoridades brasileiras e os delegados da conferência. — Não deixou de ser um processo de pressão, com respeito aos princípios democráticos — afirmou.

Fumicultores do sul do país precisam reduzir dependência

Para Petry, que integrou a comitiva brasileira, o resultado da COP 4 reforça a necessidade de buscar alternativas de cultivo para reduzir a dependência da plantação de fumo de produtores do sul do país. — Vamos seguir fomentando a diversificação e acompanhar a implementação no país das recomendações da conferência, de acordo com as normas nacionais — afirmou.

Na reunião encerrada sábado, delegados de 172 países, que assinaram o Tratado da Convenção de Controle de Tabaco, concordaram também em recomendar que as indústrias sejam obrigadas a revelar os ingredientes utilizados na produção de cigarros para as autoridades de saúde.

Em relação à adição de sabores, a indústria do cigarro fez um forte lobby contra as decisões da convenção, dizendo que milhões de empregos poderiam ser perdidos caso fosse aprovada a proibição. — Existe forte campanha contra estas decisões. É uma grande conquista porque os países mostraram unidade e estão colocando políticas de saúde pública antes dos interesses da indústria — disse o porta-voz da convenção, Tárik Jasarevic, acrescentando que, se as diretrizes forem efetivadas, poderá levar à redução de novos fumantes.

No encontro, também foi acordado o estabelecimento de um grupo de trabalho para desenvolver novas medidas para taxar os cigarros a fim de reduzir o consumo.

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