Couromoda já começou em São Paulo

Fabricantes mostram soluções para a perda de competitividade do calçado brasileiro no mercado internacional

Indústrias calçadistas estão conseguindo driblar as dificuldades do setor investindo em produtos pelos quais conseguem preços melhores. O foco é no cliente que procura qualidade — e está disposto a pagar por isso. Reflexos desse segmento serão vistos nas vitrinas do próximo outono/inverno. Uma mostra dessa tendência estará desta segunda até quinta-feira na 39ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro, a Couromoda, em São Paulo.

Saiba o que vem por aí

A iniciativa segue uma tendência apontada por especialistas —– de oferecer um produto mais caro — como uma das soluções para a perda de competitividade do calçado brasileiro no mercado internacional. O produto passa, dessa forma, a se destacar pela qualidade e pelo design. Nem por isso deixam de escapar de disputa internacional no segmento.

Para Rubens Bender, especialista em marketing na área calçadista, um sapato de maior valor agregado também enfrenta concorrência no Exterior: — Temos custos que outros países não têm, como os impostos mais altos. Portanto, o problema não é a China, mas as nossas condições.

A opção de um produto mais caro foi seguido pela Werner, empresa de Três Coroas. Observando o mercado, a indústria ampliou investimentos em design, qualidade dos materiais e mão de obra. Nos últimos 10 anos, a inflação acumulada chegou a cerca de 85%.

Nesse período, o calçado produzido na empresa aumentou seu custo de produção em 166%. Apesar de o preço final ter aumentado — atualmente custa em média R$ 300 —, a empresa informa que as vendas cresceram. Além disso, 35% da produção é vendida para mais de 40 países.

— Sempre tivemos um calçado de qualidade diferenciada, mas nos últimos anos intensificamos esses investimentos. Não produzimos sapatos, produzimos moda e trabalhamos com os melhores materiais — explica Werner Arthur Müller Junior, diretor comercial da empresa.

Para apoiar empresas gaúchas, o governo do Estado está presente na Couromoda. Por meio da Secretaria de Desenvolvimento, financia estandes para calçados e acessórios e outro para máquinas e equipamentos. Conforme o secretário Mauro Knijnik, 43% das empresas gaúchas apoiadas pelo Estado estarão expondo pela primeira vez na feira.

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