Crédito: entenda quando ele é bom e quando se torna o vilão do orçamento

SÃO PAULO – Em dezembro do ano passado, cerca de 49,6% das famílias brasileiras estavam endividadas. De acordo com o IEF (Índice de Expectativa das Famílias), deste total, 8,4% afirmaram que estavam muito…

SÃO PAULO – Em dezembro do ano passado, cerca de 49,6% das famílias brasileiras estavam endividadas. De acordo com o IEF (Índice de Expectativa das Famílias), deste total, 8,4% afirmaram que estavam muito endividadas, 16,3% estavam “mais ou menos” endividadas e 24,8% pouco endividadas. Neste cenário, para algumas pessoas, a palavra crédito passou a ser sinônimo de algo ruim e negativo para as suas finanças, entretanto, segundo o professor do FGV Management e sócio da Sbessa e Associados, Sérgio Bessa, não é preciso ser assim. Na opinião dele, existe o crédito que pode ser classificado como bom e aquele que pode ser um vilão do orçamento.

Positivo

De modo geral, explica o professor, se usado com moderação e consciência, tomar crédito pode ser positivo para o consumidor. Este é o caso, por exemplo, do crédito que gera mais recursos do que o seu próprio custo, quando ele melhora a capacidade de geração de renda. Um exemplo disso é as pessoas que tomam financiamento para pagar a faculdade, por meio de um crédito estudantil, visto que o estudo lhe abrirá portas para uma melhor colocação no mercado de trabalho. Outro exemplo de crédito positivo, ainda segundo Bessa, é o empréstimo tomado para pagar dívidas cujos juros são maiores do que o cobrado pelo financiamento. Neste mesmo sentido, diz o professor, também vale a pena parcelar a compra de bens quando o desconto dado para o produto à vista tem percentual inferior ao rendimento que o valor equivalente teria em uma aplicação, como a poupança. Por fim, diz ele, a compra de um bem necessário (uma geladeira que tenha queimado e não tenha conserto, por exemplo) também justifica a tomada de crédito para a compra. “Independentemente do motivo, ao tomar crédito o consumidor precisa pesquisar para contratar a menor taxa de juros e estar atento para não comprometer mais do que 30% do orçamento com dívidas e prestações”, diz.

Negativo

Já o crédito considerado negativo, explica Bessa, é aquele tomado para pagar outro crédito, porém com juros maiores do que o primeiro. Além disso, pegar empréstimo para pagar produtos que não são de extrema necessidade também é ruim e perigoso. Afinal, a pessoa estará se endividando por algo que poderia esperar e pagar à vista.

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