Crédito: inadimplência tem segunda alta

A inadimplência do brasileiro cresceu 5,2% em junho em relação ao mesmo mês de 2009 – a segunda alta consecutiva na comparação anual, após ter registrado queda desde outubro do ano passado – segundo o…

A inadimplência do brasileiro cresceu 5,2% em junho em relação ao mesmo mês de 2009 – a segunda alta consecutiva na comparação anual, após ter registrado queda desde outubro do ano passado – segundo o indicador Serasa Experian.A alta dos atrasos acima de 90 dias em relação a maio foi de 1,1%. O aumento da inadimplência em junho foi composto pelo avanço de 7% nos atrasos em cartões de crédito e financeiras e de 0,6% nas dívidas com os bancos. A redução da capacidade de pagamento dos brasileiros em junho deve-se ao crescimento acelerado do endividamento e do bom desempenho das vendas, sobretudo para o Dia das Mães, Dia dos Namorados e Copa do Mundo.Para o segundo semestre, o gerente de indicadores de mercado da Serasa, Luiz Rabi, acredita que este número continue aumentando dado o rápido crescimento do endividamento das pessoas físicas. A alta dos juros também é um fator decisivo, por alavancar o custo da dívida.– Há uma reversão da tendência de queda, que ocorria desde a recuperação da crise economica mundial – explica Rabi. – O consumidor já carregava compromissos, com a antecipação do consumo para aproveitar o IPI reduzido em automóveis, linha branca e móveis, e agora tem dificuldade para pagar. Rabi observou que o maior endividamento do consumidor e os aumentos da Selic (hoje em 9,75% ao ano) geram a tendência de alta da inadimplência nos próximos meses. “Contudo, a taxa está sob controle e não apresentará nenhum recorde histórico”, afirma.O consumidor precisa ser mais cuidadoso com os gastos daqui para frente, e as instituições financeiras precisam ter mais critérios para a concessão de crédito, na opinião do vice-presidente da da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José de Oliveira.– Esse mês tivemos a Copa do Mundo, algo que não podemos deixar de citar como um possível motivo para esse aumento, pois as indústrias aproveitam datas como essa para oferecer diversas promoções, como das de televisão – aponta. Apesar do crescimento nos dois últimos meses, a inadimplência do consumidor no país caiu 2,3% no primeiro semestre – a maior queda para esta comparação desde o início da série, em 2000.O valor médio das dívidas por pessoa com cheques sem fundo avançou 41,9%; com títulos protestados, 6,4%; e com cartões de crédito e financeiras, 1,8%. Apenas nos bancos houve recuo do montante emprestado, de 0,4%.– Com a crise econômica em 2008/2009, houve retração da oferta de crédito e, com isso, o varejo voltou a aceitar os cheques pré-datados – relacionou Rabi

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