Cresce a demanda por cartão de crédito entre jovens com carteira assinada

Faixa de adultos com até 30 anos e trabalho formal que buscam esta forma de pagamento aumentou 4% em um ano

O emprego formal faz diferença: com renda comprovada e potencial para futuras atividades de crédito, adultos com média de 30 anos e renda mensal média de R$ 1.428 impulsionaram o aumento da demanda por cartões de crédito no Brasil em 2013. Esta é uma das conclusões de um estudo da Serasa Experian, apresentado nesta manhã no C4 – Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, que acontece hoje e amanhã no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Segundo o estudo, que avaliou os perfis dos solicitantes de cartões de crédito em todo o país, o grupo, que representava 12% do total de consumidores brasileiros de cartões de créditos no ano passado, agora equivale a 16% deste mesmo total – um salto da quarta para a segunda posição no ranking dos grupos que mais buscam este tipo de serviço.

A primeira posição – com 26% do total – continua sendo ocupada por adultos entre 20 e 30 anos, com baixa renda e empregos que exijam pouca qualificação ou mesmo informais.

Para fazer esse mapeamento, a Serasa Experian usou informações de 1 milhão de CPFs e fez comparativos entre os primeiros trimestres de 2009 a 2013. Os números revelaram ainda um crescimento de adesões e participações da classe E, cuja representatividade passou de 6,2%, em 2009, para 16,8% em 2013, num processo crescente a cada ano.

A inadimplência nos primeiros quatro meses após a aquisição do cartão de crédito registrou queda. Em 2011, 3,2% dos novos consumidores ficaram com pendências nesse período; em 2012 esse percentual subiu para 4,4; em 2012, sofreu uma nova queda, baixando a participação destes cidadãos inadimplentes para 3,8%.

Perdendo o controle – O estudo também trouxe outra revelação: dentre todos os solicitantes, 78% buscam por crédito ou serviços em mais de uma instituição. Este fator, se combinado ao aumento das adesões na classe E, alerta para a possibilidade de superendividamento e inadimplência futuros caso não haja planejamento financeiro – risco que precisa ser adequadamente monitorado, uma vez que estes novos consumidores normalmente não possuem vivência no mercado de crédito.

“Estes cidadãos estariam começando a aprender a lidar com crédito justamente numa modalidade em que os juros são altos. Assim, o risco de terem uma primeira experiência frustrante de crédito não é desprezível”, opina o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.

Nesse cenário, as empresas de cartões de crédito ainda foram divididas em três grupos para avaliação: o Grupo A utiliza mais processos para análise e monitoramento do risco de crédito, como plataformas de decisão, relatórios, sistemas customizados de avaliação de risco e programas antifraude; o Grupo B utiliza relatórios gerais e sistemas comuns de avaliação de risco; o Grupo C utiliza apenas relatórios.

Empresas que utilizam processos mais sofisticados de monitoramento de risco e análises de crédito enfrentam índices menores de inadimplência. Entre os clientes das empresas do Grupo A, a média de inadimplentes varia entre 1,5% a 2%. No Grupo B, essa média já é de 3% – podendo chegar a 5%, em alguns casos. No Grupo C, a inadimplência é geralmente de 6% ou 7%, com possibilidades de crescimento.

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