“Crescimento do PIB nesse trimestre deve ser o melhor do ano”, estima economista

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro registrou um crescimento de 1,6% no segundo trimestre do ano, quando comparado ao período anterior. Com o resultado, o valor da soma de todas as riquezas produzidas no…

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro registrou um crescimento de 1,6% no segundo trimestre do ano, quando comparado ao período anterior. Com o resultado, o valor da soma de todas as riquezas produzidas no país foi de R$ 716,9 bilhões, resultado bastante expressivo para o período. Os números divulgados hoje, dia 10, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostraram que quando a comparação é feita em relação ao segundo trimestre de 2007, o crescimento foi ainda mais robusto: 6,1%.

Análise do economista da Fecomércio-RS, Eduardo Merlin, sinaliza que o maior responsável por estes bons números foi mesmo o consumo das famílias. “Este deverá ser o melhor trimestre do ano. E o aumento do consumo foi feito de forma mais embasada, ou seja, com a melhora da renda dos brasileiros, impulsionado pelo aumento substancial dos empregos. O crédito também permaneceu em expansão, mas desta vez os resultados indicam que foi mesmo a renda efetiva que estimulou o consumo”, avalia Merlin. O economista ainda destaca que todos os segmentos tiveram crescimento: a agropecuária, que expandiu em 3,8%; o setor industrial, com 0,9%; e ainda comércio e serviços, com 1,3%.

Em relação aos gastos públicos, O PIB mostrou que houve aumento de 5% no segundo trimestre. Para Merlin, provavelmente o próximo semestre apresentará desaceleração nestes números, uma vez que em ano de eleição a tendência é de que haja uma contenção do uso do dinheiro. Em relação aos componentes da demanda interna, no segundo trimestre deste ano, destaca-se a alta de 5,4% na Formação Bruta de Capital Fixo, que já crescera oito trimestres consecutivos nessa base de comparação. A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,0%, seguida da Despesa de Consumo da Administração Pública (0,3%). No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 8,5% e as Importações de Bens e Serviços 8,4%.

O economista da Fecomércio-RS prevê que haja uma desaceleração destes resultados até o final do ano. Ele aposta que o ano encerre com um PIB estimado em 5%. “Entretanto, em relação ao consumo da população, a expectativa que temos é de que permaneça em alta. A desaceleração vai se dar, principalmente, em investimentos mais específicos, uma vez que já tivemos grandes aumentos nessa primeira parte do ano – construção civil e compra de bens de capital-, por isso a tendência agora é de um menor grau de investimentos nestes itens”, mostra Merlin, lembrando que no segundo trimestre a compra de máquinas e equipamentos cresceu 22%, enquanto que os números da construção civil estão acumulados próximos a 10%.

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