Criação de novas vagas de trabalho favorece a quitação de dívidas

O endividamento familiar no Rio Grande do Sul teve sua maior queda registrada neste mês desde o início da avaliação realizada a cada 30 dias pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) a partir de…

O endividamento familiar no Rio Grande do Sul teve sua maior queda registrada neste mês desde o início da avaliação realizada a cada 30 dias pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) a partir de janeiro deste ano. Entre os gaúchos que admitem possuir alguma dívida, o percentual diminuiu nove pontos, passando de 64% em junho para 55% em julho. Os dados foram apurados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (Peif/RS), divulgada nesta quinta-feira pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio/RS).

Na avaliação do economista Pedro Ramos, a proporção de endividados cai devido à criação de novas vagas no mercado de trabalho, com massa salarial subindo 9,7%, em relação a 2009 e a sazonalidade que permite que as famílias possam quitar suas dívidas. Ainda segundo a pesquisa, o indicador que avalia as famílias que não terão condições de pagar o seu débito também decresce. A variação ficou em 7%, contra 6% do mês anterior. “Mesmo assim é considerado um resultado baixo”, avalia o economista. Ele considera normal o índice de famílias que não irão conseguir pagar suas contas até o final do mês e diz que não há sinais de problemas de inadimplência nas carteiras de crédito.

Na opinião de Zildo De Marchi, presidente da entidade, “os empresários podem identificar maior confiança para a venda a crédito, uma vez que a segurança da transação é apontada pela baixa inadimplência do consumidor”.

Ramos lembra que no mês de junho houve baixa atividade econômica em função da Copa do Mundo da África do Sul. Em julho, o indicador que registrou alta foi o que diz respeito ao percentual de famílias que possuem 50% ou mais de sua renda comprometida com dívidas. O índice subiu para 28,9% e , segundo o estudo, é o único registro que merece mais cautela na avaliação. Ramos concorda que o percentual é elevado, representando mais da metade da renda destes consumidores, mas informa que os empresários não acreditam que este patamar permaneça nos próximos meses. Segundo ele, a renda crescente também deve minimizar os efeitos de comprometimento. “Para quem está endividado e gastando muito com juros, como o rotativo do cartão de crédito ou cheque especial, usar o montante que está rodando e trocar por um crédito pessoal, com taxas mais baixas, é a melhor forma de pagar a dívida”, ensina.

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