Desemprego fica estável, mas rendimento já caiu 5,1%

O desemprego ficou praticamente estável em abril, na comparação com março, mas o rendimento médio real caiu 1,8% em termos reais, retomando a tendência de queda iniciada no último trimestre do ano passado…

O desemprego ficou praticamente estável em abril, na comparação com março, mas o rendimento médio real caiu 1,8% em termos reais, retomando a tendência de queda iniciada no último trimestre do ano passado e interrompida em janeiro e março. Desde outubro de 2010, o rendimento já encolheu 5,1%. Os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram uma taxa de desocupação de 6,4%, a menor para um mês de abril desde o início da série, em 2002 – quase igual aos 6,5% de março.

A comparação com o mês anterior aponta uma redução de mil pessoas – considerada estabilidade pelo IBGE – na população desocupada, que atingiu 1,537 milhão de pessoas no mês passado. A população ocupada também se mostrou estável estatisticamente, com um aumento de 34 mil pessoas frente a março. “O mercado mostra estabilidade na desocupação em razão de não terem sido gerado postos suficientes para atender a demanda de 1,5 milhão de desocupados”, ressaltou Cimar Azeredo, gerente da PME.

Na comparação com abril de 2010, o rendimento médio real de abril estava 1,8% maior, atingindo R$ 1.540,00. O sinal amarelo está na comparação com março, com a queda de 1,8%. “Temos que olhar o rendimento para saber se é apenas pontual ou se a queda no poder de compra vai persistir”, disse Azeredo, acrescentando que a perda no rendimento não foi fruto da entrada de pessoas no mercado de trabalho, já que esse número entre março e abril não foi significativo. A redução do rendimento entre março e abril foi puxada pela indústria, comércio e serviços prestados às empresas.

O técnico do IBGE lembrou ainda que o emprego com carteira assinada no setor privado também se manteve estável, mas com tendência de alta, com a criação de 64 mil postos formais entre março e abril. “No mês, embora a alta da carteira assinada não seja significativa, apresenta forte tendência de crescimento”, disse Azeredo.

Se as comparações com março mostram um mercado de trabalho em compasso de espera, a relação com igual período do ano anterior apresenta um desempenho significativamente superior em 2011. Além de a taxa de desocupação ter recuado de forma mais significativa nessa comparação, com queda de 0,9 ponto percentual, o nível de ocupação – percentual de pessoas ocupadas no universo daqueles com 10 anos ou mais de idade – atingiu 53,4%, contra 52,9% em igual mês do ano passado. “Essa evolução é muito positiva e mostra a força da economia sobre o mercado de trabalho”, destacou Azeredo.

A população ocupada também mostra força em relação ao ano passado, com crescimento de 2,3%, equivalente a 492 mil pessoas, entre abril de 2010 e o mês passado. Esse crescimento na ocupação contribuiu ainda para uma redução significativa da população desocupada, com recuo de 10,1%, ou 173 mil pessoas a menos procurando trabalho.

Esse movimento de melhora no mercado de trabalho na comparação anual foi acompanhado também do incremento da qualidade do emprego. Os postos formais gerados no setor privado subiram 6,8% – com 686 mil novas vagas formais – frente a abril do ano passado. No mês passado, os funcionários formais de empresas privadas somaram 10,803 milhões nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.

O bom momento entre 2010 e 2011 também é atestado pela média da desocupação, que passou de 7,4% nos quatro primeiros meses do ano passado para 6,4% entre janeiro e abril deste ano.

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