Desemprego na Capital é o menor desde 1993

A taxa de desemprego anual entre a população economicamente ativa de Porto Alegre atingiu 7,7% em 2010, o menor índice desde 1993. Esse é o resultado apontado pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) no…

A taxa de desemprego anual entre a população economicamente ativa de Porto Alegre atingiu 7,7% em 2010, o menor índice desde 1993. Esse é o resultado apontado pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) no município, divulgada ontem. De acordo com o estudo, realizado em parceria pela prefeitura, Dieese, Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Fundação de Economia e Estatística (FEE) e Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), os últimos cinco meses de 2010 tiveram as taxas mais baixas da série histórica, iniciada em junho de 1992. Dentre as dez menores taxas de desemprego, sete ocorreram em 2010.

Segundo a pesquisa, em 2010 a Capital gaúcha registrou 58 mil pessoas sem colocação no mercado de trabalho. O número é 21,6% menor do que em 2009, quando havia 74 mil trabalhadores desempregados e que constituíam 9,7% da população economicamente ativa na época. “Isso significa que um entre cada cinco pessoas que estava desempregada em 2009 conquistou uma vaga de trabalho em 2010”, explicou Eduardo Miguel Schneider, economista do Dieese.

De acordo com Schneider, a queda se deve à combinação entre o crescimento de 1,7% na ocupação – 12 mil pessoas conquistaram postos de trabalho em relação a 2009 – e diminuição no número de trabalhadores inseridos no mercado de trabalho – 4 mil pessoas retiraram-se da população economicamente ativa. Esses últimos, segundo o economista, são constituídos tanto por pessoas que se aposentaram e que não buscam mais empregos como por jovens que deixam de trabalhar para permanecer estudando.

Os dois setores que mais contribuíram para a redução do desemprego foram a construção civil e serviço, com um crescimento no número de contratações de 7,1% e 2,6%, respectivamente. Já o segmento de serviços domésticos foi o único que registrou queda na ocupação. Enquanto, em 2009, 39 mil pessoas trabalhavam nesta área, em 2010 o número diminuiu para 37 mil, uma redução de 5,1%.

O tempo médio de espera por um emprego também caiu, passando de 32 semanas em 2009 para 28 no ano passado. Já o rendimento médio anual dos trabalhadores da Capital aumentou em 2010, alcançando R$ 1.722,00 (crescimento de 6,8%). Considerando apenas os assalariados, o valor chegou a R$ 1.699,00 – 7,4% a mais do que na pesquisa anterior. “Também verificamos um crescimento na formalização do mercado de trabalho, com um aumento de 4,1% no número de pessoas com carteira assinada”, destacou Schneider.

No entanto, para o secretário municipal da Produção, Indústria, e Comércio, Valter Nagelstein, embora os números do mercado de trabalho devem ser comemorados, é preciso investir em qualificação profissional, uma vez que muitos postos permanecem sem ocupação pela falta de preparo dos candidatos. O secretário lembrou que, das 15.968 vagas oferecidas pelo Sine municipal em 2010, apenas 4.628 foram ocupadas. “Tivemos mais de 10 mil vagas em aberto porque não havia trabalhadores qualificados o suficiente”, alertou.

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