Disposição da população para gastar cresce 80%
Em dezembro, a disposição de consumidores a comprar era 80% mais alta do que no mesmo mês do ano anterior, segundo dados de pesquisa do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com a Epistemics
O ânimo dos consumidores brasileiros cresceu no último ano. Em dezembro, a disposição de consumidores a comprar era 80% mais alta do que no mesmo mês do ano anterior, segundo dados de pesquisa do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com a Epistemics.
O indicador, baseado em manifestações de consumidores na internet, vem subindo desde abril do ano passado e, segundo o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo, mostra uma tendência positiva pela frente. A captura desse maior otimismo faz o Ibevar estimar um crescimento das vendas do varejo para o primeiro trimestre de 2018. A projeção é de aumento real de 5,4% nas vendas do varejo ampliado nos três primeiros meses do ano em comparação com igual período de 2017.
Embora espere um bom primeiro trimestre para o varejo, Angelo considera que os resultados do ano ainda podem ser influenciados negativamente pelo fato de 2018 ser um ano de eleições. A avaliação é de que o cenário político incerto tende a afetar o humor dos consumidores. Outros elementos do cenário tendem a sustentar um ano ainda bom para o varejo, na avaliação de Angelo.
O presidente do Ibevar menciona a redução da inflação e das taxas de juros ao consumidor. Além disso, ele destaca a recuperação do emprego, que, embora de forma lenta, tem ocorrido gradualmente. O levantamento do Ibevar estudou, ainda, a disposição de gasto. A quantidade de dinheiro que os consumidores manifestam interesse em gastar cresceu 44,8% em 2017 na comparação com o ano anterior.
Houve um salto nesse indicador a partir de setembro do ano passado, o que pode ter sido motivado pela proximidade da Black Friday, evento que ocorre em novembro e marca um pico de vendas no varejo, sobretudo para bens duráveis.
Fonte: Jornal do Comércio