Dívida no cheque especial já atinge R$ 20,7 bilhões

Fenômeno preocupa porque pode provocar inadimplência no futuro

Em tempos de juros altos e restrição ao crédito, os brasileiros têm se endividado como nunca no cheque especial. Dados do Banco Central (BC) mostram que, em julho, quem estourou as contas precisou usar R$ 20,7 bilhões do limite do especial.

O recorde na utilização desse tipo de crédito – o mais caro do sistema financeiro – é 4,5% maior na comparação com junho e 12,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Desde o fim de 2007, o uso do cheque especial tem crescido gradativamente. Mas julho foi o primeiro mês na história em que a aplicação desse crédito superou R$ 20 bilhões.

Um pouco mais barato do que o cheque especial, o cartão de crédito como alternativa de empréstimo também tem aumentado. Em julho, o total de compras parceladas, somado ao uso do crédito rotativo, chegou a R$ 10,7 bilhões. O valor é 6% maior do que o do mês anterior e representa salto de 33,2% ante julho de 2007.

Economistas afirmam que o fenômeno traz preocupação no médio prazo, pois aponta endividamento acima do razoável, o que pode causar inadimplência.

Quando retornarem às contas correntes, essas operações terão acréscimo, em média, 162,7% de juros ao ano.

– Há sinais de descontrole entre clientes que tomaram empréstimo nos últimos meses e, com o aumento dos gastos, o orçamento apertou e eles tiveram de usar as linhas de crédito mais fáceis, mas mais caras – avalia o professor de finanças Fábio Gallo, da Fundação Getulio Vargas.

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