Dívidas pressionam as famílias em março

Pesquisa sinaliza que inadimplência voltará a subir nos próximos meses

Rio – A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou ontem, revela que o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as dívidas voltou a subir em março, após quatro meses consecutivos de queda. O indicador se elevou 0,7 ponto percentual, para 8,4%, ante fevereiro, conforme levantamento mensal da Divisão Econômica. Para os economistas da entidade, isso pode indicar aumento da inadimplência nos próximos meses. Na comparação anual, contudo, observa-se melhora no indicador (8,7% em março de 2010). Quanto às famílias que admitem dívidas, há ligeiro recuo, chegando a 64,8%. As responsáveis pelo resultado foram famílias com renda inferior a 10 salários mínimos. Nesse grupo, o índice das que declararam ter dívida recuou de 67,2% em fevereiro para 66,5% neste mês. No mesmo período, o percentual de endividados entre famílias com renda superior a 10 salários aumentou de 54% para 55%. Para o chefe da Divisão Econômica da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, “o aumento do custo de vida junto com a confiança elevada na capacidade de pagamento explica o maior nível de endividamento na comparação com 2010”. Para 71,6% das famílias endividadas, o cartão de crédito é o principal débito, seguido de carnês (21,9%) e financiamento do carro (10,6%). Já a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), mostra que, após pequena alta de 0,7% em fevereiro (expansão de 2,8% no primeiro mês do ano), em março a intenção de consumo voltou a registrar alta moderada. Para técnicos da CNC, o varejo crescerá 6,8% em 2011, índice distante do recorde de 10,9% apurado em 2010. O levantamento mostrou ainda que 65,2% das famílias avaliam de forma positiva as perspectivas profissionais para os próximos seis meses. Segundo a ICF, a alta de 5,2% do indicador foi puxada pela melhor avaliação das famílias com renda de até 10 salários mínimos. As famílias mais ricas, porém, têm expectativa negativa no médio prazo. Quanto à renda atual, a pesquisa revela satisfação, o que, na avaliação dos economistas, condiz com as persistentes pressões inflacionárias. O subitem “renda atual da ICF” mostra o segundo pior desempenho no ano, com alta de 1,1% ante o primeiro trimestre do ano passado.

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