E-commerce deve crescer 16% em 2019

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o faturamento das vendas do e-commerce deve chegar a R$ 79,9 bilhões, representando crescimento de 16% com relação a 2018.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento das vendas do e-commerce deve chegar a R$ 79,9 bilhões em 2019, representando crescimento de 16% com relação a 2018. Para mapear as principais tendências deste mercado, a plataforma de e-commerce Nuvem Shop, responsável por mais de R$ 275 milhões em vendas por ano, realizou a quarta edição do NuvemCommerce (Relatório Anual de comércio eletrônico – 2018).

O segmento de Moda e Vestuário foi o que dominou o mercado de e-commerce em 2018, seguido de Saúde e Beleza, Acessórios, Comidas e Bebidas, e, por fim, Eletrônicos. Com relação ao número de vendas, o segmento de Moda e Vestuário representa 38% das transações, Outros segmentos 17,9%, Saúde e Beleza 12,4%, Acessórios 11,5% e Casa e Jardim 4,9%.

Além disso, o levantamento indica que o meio de pagamento mais utilizado pelos consumidores em 2018 foi o PagSeguro (46,8%), seguido do Mercado Pago (15,8%) e Wirecard (13,9%). Em relação ao frete, os Correios representaram 58% das vendas, frete personalizado (34,6%) e retirada física (4,1%).

A enorme expansão do mercado de dispositivos móveis tem impulsionado cada vez mais o comércio eletrônico. Essa tendência afeta diretamente os e-commerces, que precisam adaptar-se aos novos hábitos de consumo. De acordo com o relatório da Nuvem Shop, em 2017, as vendas via desktop eram superiores (55%) em relação às transações mobile (45%) e as visitas às lojas online através de dispositivos móveis representavam 69%, enquanto o desktop era responsável por 31%. Contudo, em 2018, o cenário inverteu-se e 53,8% das transações foram realizadas via mobile e 46,2% por desktop e 66% das visitas às lojas foram via dispositivos móveis e 34% pelo desktop.

Ainda, segundo o estudo, em 2018, os segmentos de Moda & Vestuário, Saúde & Beleza e Acessórios foram os que mais venderam via mobile. “Nota-se que o m-commerce é uma tendência que já está atingindo a maioria dos consumidores pela facilidade e praticidade. Por isso, os consumidores estão ganhando cada vez mais confiança para realizar suas transações via dispositivos móveis e os lojistas precisam estar atentos para adaptarem seus sites para uma versão que comporte não apenas o desktop, mas também o mobile”, explicou Alejandro Vazquez, Co-fundador da Nuvem Shop.

As vendas por meio das redes sociais representaram 21% do total de transações no ano de 2018. Além disso, oito em cada dez visitas e uma em cada quatro vendas foram geradas por meio destes canais, especialmente via Instagram e Facebook. Entretanto, o Instagram foi o grande campeão em vendas e representou 59% das transações, enquanto o Facebook ficou em 37%, o Youtube em 3% e o Pinterest em 1%. Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais usuários no Instagram, perdendo apenas para os Estados Unidos, e segundo o Sebrae, esta é a rede social que mais cresce no mundo, contando atualmente com mais de 500 milhões de contas.

A pesquisa revelou também que 47,9% dos e-commerces percebem o aumento de visitas e vendas quando utilizam as redes sociais de maneira orgânica para divulgação, mas 40%, apesar de utilizarem as redes, ainda não têm esta percepção. Ademais, 10,3% não utilizam as redes sociais para esta finalidade, mas pretendem empregar esta estratégia no futuro. Por fim, apenas 1,8% não se interessam pela utilização desses canais como estratégia de vendas.

O relatório também apontou que 12,1% dos lojistas fazem uso do e-mail marketing como estratégia de vendas, e consequentemente, notam o aumento de visitas ao site e no número de vendas. Contudo, 18,2% utilizam este recurso, mas não percebem um crescimento no engajamento em seus canais. Além disso, 58,8% dos e-commerces ainda não utilizam e-mail marketing, mas pretendem no futuro e 11,5% não tem interesse em empregar esta estratégia.

Com relação aos anúncios pagos, a maioria dos lojistas utiliza o Facebook Ads (50,9%), Instagram Ads (46,7%), Google Ads (27,9%) e outros meios (9,1%), já 30,3% não investem em anúncios pagos. Com relação aos canais utilizados para atendimento, o WhatsApp (88,5%) é o canal mais utilizado pelos e-commercers, seguido do e-mail (77%), redes sociais (73,3%), telefone (55,2%), Facebook Messenger (50,3%), Chat Online (29,7%), Skype (3%) e outros canais (8,5%). “Os consumidores estão atentos em relação às ofertas e sempre em busca de um atendimento personalizado. Assim, é fundamental criar estratégias consistentes para superar as expectativas dos consumidores. Esse é o grande segredo para impulsionar e garantir o sucesso de um negócio”, finalizou Vazquez.

Fonte: Mercado e Consumo

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