É de graça mesmo

Salas em 40 pontos diferentes, com computadores e acesso gratuito à internet viraram febre na Capital. Chamados de Telecentro, os espaços de inclusão digital da prefeitura de Porto Alegre são frequentados por jovens, adultos e idosos, homens e mulheres que aproveitam o tempo livre para usufruir de um serviço que não dispõem em casa. Boa parte dos usuários não tem computador. E a maioria não possui conexão com a web por ser caro demais. Esta semana, a reportagem visitou o Telecentro do Mercado Público –passagem obrigatória de estudantes, trabalhadores, desempregados e até micro e pequenos empresários.

E-mail e pesquisas
Do envio de currículos e e-mails a pesquisas e trabalhos escolares, o número de tarefas possíveis de serem feitas é tão variado quanto o número de micros à disposição: 13. Das 8h às 20h, sem fechar ao meio-dia. Nas segundas, quartas e sextas feiras, parte do horário é ocupada para cursos de informática básica e outra parte é de acesso livre.

– Atendemos a média de 200 pessoas por dia, a maioria do sexo masculino – afirma o coordenador Juliano Guedes.

O entra e sai na sala do Mercado
Operadora de cobrança, Bruna de Lima, 19 anos, entrou pela segunda vez no Telecentro do Mercado Público. Ela tem computador em casa, mas não possui acesso à internet. Como trabalha perto do centro de compras, Bruna aproveita as horas de folga para fazer pesquisas na web e passar e-mails. Moradora de Canoas, a jovem estudante de Técnica em Eletrônica aprova o serviço gratuito.

– Não tenho condições de pagar – explica Bruna.