Em 2033, as ruas terão 722 mil veículos a mais

Até 2033, a Grande Porto Alegre terá a missão de encontrar lugar para 722 mil novos automóveis em ruas já congestionadas. Conforme as estimativas do PITMurb com base em tendências de crescimento da frota…

Até 2033, a Grande Porto Alegre terá a missão de encontrar lugar para 722 mil novos automóveis em ruas já congestionadas. Conforme as estimativas do PITMurb com base em tendências de crescimento da frota de veículos leves e utilitários – desconsiderando caminhões, ônibus e reboques, por exemplo –, Porto Alegre e os 12 municípios mais próximos deverão contar com 1,3 milhão de carros. Em 2003, esse contingente era inferior a 600 mil unidades.

Em comparação, no mesmo período em que a frota deverá se ampliar em 122%, o crescimento da população deverá ficar abaixo de um terço – somando 4,4 milhões de habitantes. O levantamento chama a atenção ainda para o crescimento automotivo vertiginoso que deverá atingir algumas cidades da região.

Embora Porto Alegre deva registrar um dos menores crescimentos percentuais, por ter uma população estabilizada e uma frota já considerável, outros municípios de menor renda per capita como Viamão deverão liderar a expansão sobre quatro rodas.

As vias viamonenses, segundo as projeções, devão aumentar em 269% a quantidade de veículos leves, chegando a 124 mil unidades em 2033. Outros índices expressivos foram verificados em Alvorada e Eldorado do Sul (222%).

O alto volume de tráfego que essa tendência deverá gerar estimula a busca por soluções regionais como a ligação com Porto Alegre por meio de corredores de ônibus – outra medida prevista pelo estudo da EPTC, da Metroplan e da Trensurb.

As prioridades

LINHA CIRCULAR DE METRÔ (METRÔPOA)

– O que é: implantação de linha de metrô na Capital com 37,4 quilômetros – sendo 26,4 subterrâneos, 9,2 em elevação e 1,8 em superfície.

– Vantagens: é a principal intervenção a ser feita para aliviar as vias engarrafadas e, por sua capacidade e versatilidade, servir como referência para a interligação de vários modos de transporte. Além de transportar mais pessoas do que um corredor de ônibus, o metrô tem menos impacto por ser majoritariamente subterrâneo.

– Dificuldades: a maior é o custo. A linha subterrânea envolve valores próximos a US$ 100 milhões por quilômetro. Assim, só os 26 quilômetros previstos sob a terra sairiam por US$ 2,6 bilhões, ou R$ 4,4 bilhões.

CORREDORES DE ÔNIBUS

– O que é: implantação ou ampliação de corredores com faixa exclusiva para ônibus em oito eixos viários da Capital e outros quatro eixos metropolitanos.

– Vantagens: o custo de implantação é mais baixo do que o do metrô – o levantamento estima que a construção da rede sairia por aproximadamente R$ 2 bilhões, com base em valores de 2003.

– Dificuldades: o funcionamento ideal dependeria da implantação de um sistema de bilhetagem eletrônica integrado para todos os municípios da região. Tem uma capacidade de transporte inferior à do metrô, além de ter um impacto maior sobre a cidade ao ocupar faixas de tráfego e gerar poluição.

EXTENSÃO DA LINHA UM DA TRENSURB

– O que é: construção de 9,3 quilômetros a mais no traçado atual do trensurb, que vai de Porto Alegre até São Leopoldo, estendendo os trilhos até Novo Hamburgo. O trecho contará com quatro novas estações.

– Vantagens: a extensão facilita a ligação de um dos mais importantes municípios do Vale do Sinos com a Capital e ajuda a desafogar a BR-116. Além disso, o projeto prevê a integração da linha atual do trensurb com o futuro metrô da Capital, o que facilitaria ainda mais o deslocamento.

– Dificuldades: em princípio, não encontra obstáculos. A obra já está em andamento, e o novo trecho deverá entrar em operação em 2012, conforme previsão da Trensurb.

MELHORIAS VIÁRIAS

– O que é: um conjunto de melhorias, duplicações ou prolongamento de vias. Em Porto Alegre, são sugeridas intervenções em um conjunto de 93 quilômetros de ruas e avenidas, como Assis Brasil, Protásio Alves, Manoel Elias e Wenceslau Escobar. Na Grande Porto Alegre, em outros 49 quilômetros.

– Vantagens: as intervenções podem ser feitas em parte, conforme a disponibilidade de recursos, com capacidade de facilitar a circulação de ônibus e veículos de passeio.

– Dificuldades: embora não existam cálculos para cada obra, costumam envolver recursos significativos. Algumas das intervenções, como a duplicação da Avenida Beira-Rio, já estão em andamento.

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