Em risco as obras da Copa

As obras que o Brasil deve realizar para garantir infraestrutura e logística e cumprir as exigências da Fifa para a Copa do Mundo 2014 estão em situação de risco. A afirmação foi feita pelo presidente do…

As obras que o Brasil deve realizar para garantir infraestrutura e logística e cumprir as exigências da Fifa para a Copa do Mundo 2014 estão em situação de risco. A afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia Consultiva de São Paulo (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, durante o XIII Simpósio Nacional de Auditoria em Obras Públicas (Sinaop), que ocorre na Assembleia Legislativa gaúcha. Segundo ele, falta coordenação para que as obras possam ser realizadas dentro de padrões que venham a significar não apenas a qualidade necessária, mas que também evitem desperdício de recursos. “Para que possamos aproveitar um legado de intervenções no futuro das cidades-sede, pelo menos deveríamos ter um comitê que coordenasse as ações, como acontece, em Londres, com relação às Olimpíadas de 2012, com a revitalização de áreas degradadas, como o Leste daquela Capital”, destacou Bernasconi.

Ele lembrou que, até o momento, o governo federal tem apenas repassado para a iniciativa privada e para a CBF esse “controle”. Para o engenheiro, seria necessário pelo menos uma análise mais próxima das obras que precisam ser feitas. “Não podemos deixar que aconteça, novamente, o que ocorreu com os Jogos Panamericanos, em que o atraso e os desvios fizeram a previsão de gastos de R$ 700 milhões pular para custos de quase R$ 3 bilhões”, disse.

Bernasconi ainda destacou que algumas das obras, como o Estádio do Engenhão, são verdadeiros “elefantes-brancos”. “Não foi feito nada pelo bairro do Engenho de Dentro, onde fica o equipamento, em uma área que não evoluiu e fez com que precisasse ser alugado por irrisórios R$ 35 mil mensais ao Botafogo”, criticou.
O painel da manhã também contou com a presença do jornalista do Correio Braziliense Lucio Vaz, que falou sobre a importância dos órgãos de controle para dar credibilidade e evitar irregularidades. “Algumas obras foram iniciadas sem licitações claras, o que pode provocar a ocorrência de novos problemas”, afirmou.

Enquanto discutiam a fiscalização das obras em Porto Alegre, em Nova Iorque (EUA) está tudo pronto para a realização do 2014 Brazil World Cup Architectural Summit. O evento acontece entre hoje e amanhã e vai servir como mostra de todos os projetos dos estádios brasileiros para a Copa.

O encontro vai reunir os arquitetos brasileiros envolvidos nos projetos das doze arenas para o Mundial, entre eles Fernando Balvedi, responsável pela obra do estádio Beira-Rio. O evento é Organizado pelo Instituto Americano de Arquitetos (AIA) e terá um ciclo de debates paralelo.

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