Empreendedores contam como superaram a crise e hoje são referências em seus segmentos

Conheça os desafios encontrados por Sérgio Zimerman, fundador da Petz. O empresário modernizou a marca padronizando as fachadas e o layout das lojas. 

Histórias inspiradoras de empreendedores que enfrentam todo o tipo de adversidades em direção ao sucesso não são raras no Brasil. Em um ambiente muitas vezes considerado hostil pelos empresários em função da alta carga tributária, da insegurança e da instabilidade no cenário político, é papel dos líderes saberem enfrentar as turbulências.

Apesar de desafiador, ambiente semelhante já foi vivido por marcas que hoje são gigantes em seus segmentos, como Melissa, Móveis Gazin e Petz, que permaneceram firmes em relação ao seu propósito e tiveram capacidade de adaptação quando o mercado sinalizava. Seja na arriscada inovação de apostar em um calçado com material inovador, na restruturação completa de um negócio de sucesso ou na capacidade de aproveitar uma oportunidade única, eles superaram os desafios e hoje são exemplos a serem seguidos. Representantes dessas empresas estarão no Congresso Brasileiro do Varejo, que ocorre junto à 6ª edição da FBV, entre os dias 28 e 30 de maio, no Centro de Eventos FIERGS, compartilhando a sua história e seus aprendizados. Confira um pouco do porquê de essas marcas serem destaques e inscreva-se para assistir às palestras em feirabrasileiradovarejo.com.br.

Inovação no DNA

A hoje icônica sandália Melissa foi criada no ano de 1979 e lançada pela gaúcha Grendene. Originalmente uma fabricante de embalagens plásticas para garrafões de vinho, a empresa decidiu, em um movimento dos irmãos Alexandre e Pedro Grendene, investir na inovadora ideia de produzir calçados feitos de plástico. Com inspiração nas peças utilizadas pelos pescadores da Riviera Francesa, nasceu o famoso modelo Aranha. A marca também foi pioneira de uma das maiores tendências da atualidade, a criação colaborativa. A partir de 1983, com a primeira parceria com o estilista Jean Paul Gartier, diversas outras foram fechadas com nomes de destaque para a criação de coleções. Celebridades como a arquiteta iraniana Zaha Hadid, o estilista Karl Lagerfeld e referências do design nacional, como Irmãos Campana e Alexandre Herchcovitch, já criaram para a marca. Atualmente, Melissa é mais do que uma grife de sapatos. Virou sinônimo de moda, arte e design no Brasil, sendo considerada um ícone cultural no exterior e uma das principais representantes do País.

Coragem para mudar

Com uma sólida reputação no mercado e planos de expansão para todo o País, uma decisão capaz de tirar o sono do mais experiente gestor esteve diante da Petz, que até poucos anos não possuía nem esse nome fantasia. A empresa já tinha mais de uma década no segmento de produtos e serviços para animais com o nome Pet Center Marginal, em referência ao endereço em uma das principais vias de São Paulo. Mas essa “homenagem” à localização se tornou um problema na hora de expandir os negócios para outras regiões. Diante disso, o fundador, Sérgio Zimerman, resolveu modernizar a marca e começou, em 2014, pelo nome, que virou Petz. Desde então o projeto padronizou as fachadas, o layout das lojas e ganhou nova identidade visual. O resultado foi a explosão do negócio, com o aumento no número de lojas e a consolidação como uma das maiores redes do segmento no País.

A grande oportunidade

Há mais de 50 anos, o jovem Mário Gazin trabalhava em uma pequena loja de móveis no interior do Paraná, uma das muitas lojas que sofriam com a crise financeira que atingia o Brasil. Por conta do cenário econômico, o negócio foi colocado à venda e, aos 16 anos, Mário contou com a ajuda do pai e adquiriu a empresa. Em troca, eles entregaram o jipe da família e parte da chácara onde moravam, e passaram a trabalhar duro junto de outros membros da família para fazer o negócio crescer, por volta de 1966. Hoje, a Gazin é um grupo enorme com 243 lojas de varejo em nove estados, além de cinco indústrias de colchões e estofados, uma indústria de molas e 13 centros de distribuição de mercadorias, além de mais de 7 mil colaboradores.

O texto faz parte da revista Conexão Varejo de maio. Se quiser ler mais conteúdos exclusivos, clique aqui e acesse a versão digital. 

 

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