Empresários criticam tentativa de volta da CPMF
Com um time de economistas e industriais influentes, o congresso da mais poderosa entidade empresarial do país, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), terminou com a proposta de lutar…
Com um time de economistas e industriais influentes, o congresso da mais poderosa entidade empresarial do país, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), terminou com a proposta de lutar contra a volta da CPMF. A entidade também anunciou que vai se empenhar por uma reforma tributária já no primeiro ano de gestão da presidente eleita, Dilma Rousseff.
Os participantes do encontro realizado ontem em São Paulo avaliaram que o juro real (descontada a inflação) pode cair a 2% no final do mandato de Dilma. A Selic está hoje em 10,75% ao ano. Para essa redução, segundo os economistas convidados para o congresso, será necessário cortar com mais vigor os gastos públicos.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, defendeu a redução das despesas do governo e uma reforma tributária. – Temos de diminuir a mesada, aí os governos buscam qualidade no gasto – sustentou. O professor da PUC de São Paulo Antonio Corrêa de Lacerda disse que se o governo diminuísse em R$ 36 bilhões a despesa anual com juros da dívida pública, esse esforço representaria um corte de metade do déficit público nominal.