Empresas devem se abrir para as redes sociais

O mundo corporativo precisa se abrir cada vez mais a opiniões e potenciais inovações que surfam no emaranhado das redes sociais na internet. O alerta foi dado por painelistas do 3º Congresso Internacional de…

O mundo corporativo precisa se abrir cada vez mais a opiniões e potenciais inovações que surfam no emaranhado das redes sociais na internet. O alerta foi dado por painelistas do 3º Congresso Internacional de Inovação, que se encerra hoje na Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), em Porto Alegre. O investidor americano e gestor do fundo Socialsmart Venture, Michael Nicklas, que falou por teleconferência aos participantes, recomendou ao mundo corporativo aplicar os conceitos da economia da atenção. Para Nicklas, o tempo das pessoas é escasso, ante a diversidade de relações estabelecidas na rede.

“Tem de ter diferencial para captar a atenção”, traduziu o investidor. Para os especialistas como o gestor do Socialsmart venture, o mercado brasileiro é o mais fértil para testar a eficiência de novidades tecnológicas para a rede. Os consumidores locais assimilam com mais rapidez inovações quando se trata de interação social. Ele citou que o internauta nacional fica, em média, 28 a 29 horas por mês conectado. “Um quarto do tempo é usado para interagir.” Este potencial, sugeriu, é perfeito para experimentar novas ferramentas.

O jovem empresário, cofundador da Gaia Creative e professor da Escola Superior de propaganda e Marketing (ESPM), Gil Giardelli, decretou que a reciprocidade é a regra que comanda e ditará a configuração das redes. Para Giardelli, que administra 92 redes sociais, incluindo canais de grandes empresas, é a síntese de suas teorias sobre a interatividade. Enquanto um colega de painel, na manhã de ontem, mostrava suas ideias, o empresário se manteve plugado ao seu IPad, alimentando a rede. “As redes sociais existem desde os Incas e Astecas. O que define a Internet 5.0 é a motivação. As pessoas querem fazer algo para ajudar a humanidade”, desfilou o jovem.

Para o professor da ESPM, reputação é a moeda número 1 das redes, e as empresas precisam responder qual o valor social de sua marca ou negócio. A preocupação em como acertar na sintonia com as comunidades deve ser traduzida em prática de compartilhamento, esclarece Mario Costa, gerente de Soluções de Portais e Colaboração da IBM no Brasil. Para desmistificar a imposição da interação, Costa demarcou: “Tem de descomplicar para gerar colaboração”.
Para o gerente da IBM brasileira, uma conduta nada simpática que tem sido adotada por empresas é o bloqueio do acesso à internet. Outra reação ante o uso descontrolado e prolongado da navegação para assuntos não necessariamente de trabalho é a demissão de funcionários. Costa lembra que o quadro de pessoal é apontado como maior fonte para inovação, conforme pesquisa da IBM com mais de 700 companhias no mundo.

Giardelli propõe que as companhias criem códigos de uso da internet, com limites e políticas claras. “Proibir o uso da Web hoje se tivessem vetado o uso do telefone no passado”, compara. O executivo da IBM aproveitou para lançar mais uma pílula do be-a-bá para explorar todo o poder das redes sociais dentro da corporação: tem de adotar práticas que envolvam os funcionários sob pena de deixar escapar boas soluções.

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