EPTC define restrição a caminhões

Prefeitura se reúne hoje com transportadores para tentar fechar acordo e implementar medida no Centro até o fim de março

Após quatro meses de adiamento, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) se prepara para restringir a circulação de caminhões no Centro Histórico de Porto Alegre. Até o fim de março, veículos acima de 4,5 toneladas e sete metros de comprimento devem ser proibidos de andar nas vias internas do bairro em horário comercial.

Hoje, uma reunião da EPTC com representantes dos transportadores pretende chegar a um acordo sobre o dia em que a medida entrará em vigor e definir pontos que ainda causam divergência. No dia 17, o tema volta à pauta, em audiência da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação da Câmara.

Pelo projeto original, deve ser proibida a circulação de caminhões acima de 4,5 toneladas e/ou acima de sete metros de comprimento de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, e sábados, das 7h às 14h. Ainda não há definição se a medida valerá nas vias que compõem a Primeira Perimetral (Mauá, Presidente João Goulart, Loureiro da Silva, Engenheiro Luiz Englert, Paulo Gama e Conceição).

A restrição seria aplicada em novembro, mas foi adiada por solicitação do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), que temia problemas de abastecimento no fim de ano. Presidente da entidade, José Carlos Silvano defende a extensão do comprimento permitido em mais um metro, o que liberaria caminhões com dois eixos e veículos que transportam bebidas, e a exclusão da área da Perimetral. – Se proibirem a circulação de caminhões na Mauá, a Zona Sul ficará desabastecida. É preciso entender que os caminhões não estão a passeio, mas a serviço – justifica.

Sindicato defende outras medidas antes da restrição

Para Silvano, nas vias internas do Centro Histórico, a maioria das empresas já usa caminhões menores, com exceção dos produtos de grande volume que impedem o transporte em veículos de pequeno ou médio porte. O dirigente avalia que é preciso redefinir áreas de carga e descarga e implementar medidas como acabar com as carroças e retirar estacionamento das vias arteriais antes de começar a restrição a caminhões. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, argumenta que os caminhões pesados prejudicam a fluidez do trânsito, geram barulho e causam destruição de bocas de lobo, das calçadas e da sinalização. A expectativa dele é colocar a medida em prática até o fim do mês em Porto Alegre: – Estamos fazendo várias reuniões para tratar do assunto com representantes dos transportadores. Queremos fazer tudo de forma transparente e sem traumas para a cidade.

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