Evite surpresas na sucessão de empresas familiares
O diálogo e o entendimento entre os sucessores patrimoniais de um negócio é essencial para uma transição harmoniosa
Toda empresa madura chega em um momento no qual precisa refletir sobre o seu futuro a longo prazo. Como será a “passagem de bastão”? Qual herdeiro será o líder, o mais velho ou o mais capacitado? Os herdeiros terão partes iguais ou receberão de acordo com os seus méritos?
Muitas organizações familiares têm negligenciado esse planejamento e isso traz grandes chances de ocasionar uma série de danos patrimoniais, emocionais e empresariais. Essa falta de atenção à sucessão explica porque apenas 25% das empresas familiares(segundo o SEBRAE) conseguem chegar à segunda geração.
Para otimizar este processo com a maior agilidade e economia possível, é vital realizar um planejamento de sucessão patrimonial profissional que minimiza a pulverização do patrimônio e a desunião da família.
É sabido por todos: quando emoção, poder e dinheiro se misturam, é necessário ter muito cuidado para não gerar conflitos. Esses atritos são melhores administrados quando há um planejamento de sucessão, garantindo um bom futuro ao patrimônio.
Saiba mais porque a sucessão planejada é essencial em todas as empresas familiares:
PROCESSO DIFÍCIL E DELICADO
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) apontou em pesquisa que quase 80% das empresas são consideradas familiares. O mesmo estudo mostrou que apenas 25% das empresas conseguem passar o negócio para outra geração e menos de 10% para a 4º geração. Isso revela que o processo de transição no poder não é simples. E se for deixado para a última hora, as chances de sucesso são muito pequenas. Nesse sentido o planejamento é fundamental para a continuidade saudável do negócio.
SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA
Em alguns casos, a falta de planejamento societário (qual herdeiro faz o quê), nepotismo (dar funções importantes para familiares despreparados) e atitude emocionada da família durante o processo de sucessão pode comprometer a performance de uma empresa familiar de qualquer porte.
Soma-se isso à condição desfavorável da economia brasileira com um cenário político e tributário complexo e instável para se ter noção das brechas que a sucessão mal realizada pode deixar.
Não apenas o futuro é comprometido, mas também o presente com uma grande perda de performance e competitividade pois com processo tardio de sucessão por meio do inventário gasta-se mais recursos com tributos e burocracia. Além disso, o custo de tempo é muito grande e a falta de condições para tomar decisões importantes que nortearão o empreendimento são fatores a serem considerados.
GARANTIA DE UMA BOA TRANSFERÊNCIA
A sucessão possibilita a transferência do patrimônio sem custo tributário, mantendo o poder decisório e a livre administração dos bens por parte do sucedido. Também é essencial para projetar, ampliar e qualificar atividades da empresa. Também serve para obter um bom desempenho das empresas e para poder elaborar projetos de médio e longo prazos. Sem disputas de poder, capazes de trazer um forte declínio para o negócio.
RAZÃO X EMOÇÃO
A sucessão empresarial familiar tange assuntos muito pessoais. Por isso ela deve ser estruturada por terceiros que são isentos. Geralmente, família e envolvidos não conseguem distinguir a razão da emoção. Normalmente cada um busca seus interesses e acaba perdendo a visão macro do empreendimento. A empresa contratada para planejar a sucessão vai priorizar o negócio, regulando direitos e deveres entre os sucessores.
DEVE SER FEITO POR UMA EMPRESA DE CONFIANÇA
Um processo de planejamento de sucessão familiar completo, analisa a fundo a empresa e família envolvida. Por isso deve ser feito por uma empresa plenamente capaz. Além disso, é fundamental que ela também inspire confiança com transparência em todas as etapas do planejamento. Esta empresa deve proporcionar benefícios tributários imediatos e posteriores.
ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS FAMILIARES E EMPRESARIAIS
O planejamento de sucessão não evita conflitos. Mas com ele é possível antecipar e administrar qualquer atrito. Todos os interesses são levados em conta a fim de tornar a família mais profissional com uma visão macro do negócio e do patrimônio.
Uma das ferramentas da sucessão é a elaboração do Estatuto Familiar. Trata-se de um conjunto de normas que devem ser estabelecidas em comum acordo. Nada mais é do que um documento, de fácil entendimento para as partes, que visa colocar limites nas ações dos envolvidos.
Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios