Expositores mostram diferenciais na Fenim
Demonstrando diferentes tendências estéticas e mercadológicas, expositores da Feira Nacional da Indústria da Moda 2009 (Fenim), em Gramado, vão além do preço baixo e qualidade para atrair compradores. Á…
Demonstrando diferentes tendências estéticas e mercadológicas, expositores da Feira Nacional da Indústria da Moda 2009 (Fenim), em Gramado, vão além do preço baixo e qualidade para atrair compradores. Á preocupação em apresentar produtos inovadores e que englobem ações de responsabilidade social tem sido uma das principais características nos estandes da feira.
Á Scala e a TriFil, clássicas marcas de lingeries e meias, participam da Fenin desde a primeira edição, em 1996.0 leque de produtos passou por uma grande expansão desde então e, hoje, conta com itens como blusas e vestidos. Ás marcas comemoram um significativo incremento nas vendas. No primeiro dia da feira, o crescimento nos negócios foi 35% maior do que na abertura em 2009. A venda dos novos itens também garantiu à Scala crescimento de 30% nos últimos dois anos. Nas próximas estações, as meias-calças devem ser o grande carro-chefe das duas empresas. Nos anos anteriores esses itens eram responsáveis por 5% do faturamento, porém, em 2010, a expectativa é que o número triplique. Nos desfiles na feira, as peças ganharam destaque. Conhecidas por utilizar materiais tecnológicos na produção das primeiras lingeries sem costura no País, a inovação nas peças é constante e funciona como estratégia de crescimento em ambas as empresas. Além da tradicional lycra, os modelos apresentados na Fenim usaram em sua confecção materiais como lurex e modal. O cuidado com a natureza está presente e é um modo para, além de contribuir com a preservação do planeta, chamar a atenção de lojistas e consumidores conscientes. Scala e TriFil destinam 10% da produção de cuecas e calcinhas a uma linha especial feita com algodão e fios de bambu. “”Apesar de não ser um grande número perto de todos os produtos da marca, isso já está fazendo a diferença””, conta a representante da TriFil Lourdes Veras. Nas lojas da empresa, a sacola plástica não é mais utilizada, sendo substituída por modelos de papel reciclado. Já nas tecelagens do Estado, o uso de novos materiais é menor, mas as diferenças no modo de produção e na escolha das coleções são planejadas de forma a economizar e vender ao máximo. Na Anselmi, que tem um dos estandes mais movimentados, o trabalho de tingimento dos tricôs reduz possíveis desperdícios sazonais. Enquanto a maioria das empresas compra os fios tingidos, na Anselmi as peças são tingidas após a confecção dos modelos, em tinturaria própria. A explicação para a estratégia é que roupas com cores pré-concebidas podem encalhar no estoque conforme a tendência da estação. Assim, com o trabalho definido pela demanda dos clientes, as peças ganham a cor da moda, evitando o prejuízo.
A empresa de Farroupilha começou dentro de um pequeno quarto na casa da empresária Maria de Lourdes Anselmi. Hoje, a marca é distribuída a toda a região Sul e começa a alçar espaço em São Paulo e Rio de Janeiro, planos que a empresária pretende concretizar em 2010. “”Vemos a necessidade de dar uma atenção especial a outros estados.”” Com matéria-prima vinda da Itália, da Turquia, de Santa Catarina e de São Paulo, o cuidado com a cadeia produtiva é uma das maiores preocupações. Segundo a proprietária, a logística da marca é planejada de forma que os 330 funcionários, consumidores e demais colaboradores sintam-se satisfeitos e parte do grupo, que busca o crescimento de 25%. No primeiro dia da Fenim, a marca vendeu 30% a mais do que na edição passada
A empresa promove o projeto “”Anselmi apadrinhando a escola””, voltado aos estudantes com o apoio da Secretaria Municipal da Educação de Farroupilha. As ações mostram uma tendência estabelecida por grandes grupos e que agora agregam valor aos produtos de empresas menores. “”Não estamos preocupados somente com a produção, mas também com a sociedade””, enfatiza.