Fecomércio-RS: Caem 7,9% as vendas do comércio atacadista e varejista do Estado

O volume de vendas do comércio em geral do Rio Grande do Sul sofreu uma expressiva queda de 7,9% no mês de fevereiro quando comparado ao mesmo período de 2008. No varejo, a taxa foi igual: queda de 7,9%,…

O volume de vendas do comércio em geral do Rio Grande do Sul sofreu uma expressiva queda de 7,9% no mês de fevereiro quando comparado ao mesmo período de 2008. No varejo, a taxa foi igual: queda de 7,9%, enquanto que as vendas atacadistas tiveram desempenho negativo de 8%. O acompanhamento das vendas gaúchas faz parte do IVC-RS (Índice de Vendas do Comércio do RS), obtido através de uma parceria entre Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS) e FEE (Fundação de Economia e Estatística). O índice é calculado com base nas informações provenientes da Secretaria da Fazenda do Estado e reflete as vendas de todos os estabelecimentos comerciais ativos localizados no RS. As informações são retiradas das Guias de Informação e Apuração (GIA) do ICMS, que deve ser preenchida e entregue mensalmente pelas empresas.

O presidente do Sistema Fecomércio-RS, Flávio Sabbadini, comenta que a queda só não foi mais expressiva pela atuação do empresariado gaúcho, que preferiu manter margens de preços bastante comprimidas em benefício do movimento nas lojas e manutenção dos empregos. “Para manter a atividade do comércio ativa, houve uma opção dos estabelecimentos em se buscar preços competitivos e que estimulassem as compras”, explicou. O dirigente empresarial ainda lembra que, para os próximos meses, a expectativa é de que haja a retomada da economia. “Os atuais números da indústria, que tiveram crescimento, já nos sinalizam isso”, analisa Sabbadini.

No segmento varejista, os dez setores pesquisados em fevereiro tiveram queda de vendas. A mais expressiva foi em materiais de construção (-17,1%), e a menos acentuada foi observada em combustíveis e lubrificantes (-1,5%). Entretanto, o economista da Federação, Eduardo Merlin, chama atenção para o setor de vestuário, tecidos e calçados (-12,3%). “Acreditávamos que o menor consumo em itens dependentes do crédito pudesse ser realocado para as compras de menor valor, com possibilidade de pagamento à vista. O IVC-RS não confirmou essa expectativa, e esta queda indica um momento agudo da economia no mês de fevereiro”, avaliou.

Para o comércio atacadista, do total de nove setores analisados pelo índice apenas dois apresentaram vendas positivas: veículos, motocicletas, partes e acessórios (0,7%) e matérias-primas agropecuárias (7,1%). A maior queda foi verificada em materiais de construção, madeira, ferragens e ferramentas (-28%). Segundo Merlin, o desempenho diferenciado nas vendas de veículos é resultado da recomposição de estoques por parte dos atacadistas.

Desempenho dos municípios
Com relação às vendas do comércio no mês de fevereiro de 2009, frente ao mesmo mês do ano anterior, o município de Pelotas obteve a menor variação negativa (-4,2%), sendo que a maior variação negativa ocorreu em Novo Hamburgo (-15,8%). No comércio varejista, a menor queda nas vendas foi verificada em Santa Maria (-7,3%), e a maior ocorreu em Canoas (-14,9%). No atacado, o único crescimento ocorreu em Pelotas (4,2%), e o maior decréscimo foi observado em Novo Hamburgo (-20,6%).

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