Federação estima a injeção de R$ 4,5 bi na economia gaúcha com o pagamento do 13º salário
As empresas têm até o dia 30 de novembro para depositar a primeira parcela do 13º salário. A quantia a ser recebida representa 50% do valor bruto do salário do mês de outubro, sem descontos. Em seguida, a…
As empresas têm até o dia 30 de novembro para depositar a primeira parcela do 13º salário. A quantia a ser recebida representa 50% do valor bruto do salário do mês de outubro, sem descontos. Em seguida, a segunda parcela é paga aos trabalhadores até 20 de dezembro, sendo 50% do salário bruto de dezembro menos os descontos. No Rio Grande do Sul, um estudo da Assessoria Econômica da Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado RS) estima que o 13º injete R$ 4,5 bi na economia estadual. O valor deve exercer um papel importante para o consumo e também para a quitação de dívidas dos gaúchos.
O economista da Fecomércio-RS, Pedro Ramos, explica que esses recursos representam 4,8% do PIB do setor terciário em um ano. “É um volume muito importante para as pessoas, pois movimenta a economia como um todo”, acredita. Ele explica que mesmo aquela parcela do salário utilizada para pagar dívidas acaba tendo retorno em compras, já que muitas pessoas aproveitam a quitação dos débitos para poderem buscar novos produtos e serviços. Para traduzir melhor o que representa esse montante de dinheiro que entra na economia, o estudo da Assec demonstra que os R$ 4,5 bi comprariam mais de 180 mil carros populares ou mais de 5 milhões de geladeiras. Em apartamentos, esse recurso renderia cerca de 60 mil imóveis.
Ramos lembra que é esse valor que gera maior possibilidade de consumo no Natal. A expectativa dos empresários é de que a data deste ano seja bastante positiva — e os recursos do 13º são um indicativo disso. “Em relação ao ano passado houve um aumento nos recursos do salário extra. Isso pode ser explicado pelo reajuste do salário mínimo, já que cerca de 30% dos trabalhadores têm o mínimo como base salarial”, diz.