Franquia já tem quase mesmo peso de âncora
A força de marcas consolidadas e o padrão dos produtos são alguns dos atributos que têm feito o setor de franquias ser cada vez mais procurado por administradoras de shoppings para ajudar a alavancar as…
A força de marcas consolidadas e o padrão dos produtos são alguns dos atributos que têm feito o setor de franquias ser cada vez mais procurado por administradoras de shoppings para ajudar a alavancar as vendas dos empreendimentos. O peso das lojas já é tão importante que se aproxima das lojas-âncoras.
A presença de redes de franquias, segundo especialistas ouvidos pelo DCI, já soma 34,5% do total de espaços nos centros de compras (malls) . Em praças de alimentação, este número pode chegar a mais de 55%, segundo pesquisa recente que foi realizada em conjunto pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).
O diretor de expansão de franquia da Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, comenta que este ano os convites para ocupar espaços em centros comerciais aumentaram, com novas propostas comerciais sendo apresentadas. “Em shoppings novos, não pagamos o ponto de venda. Em outros locais estamos fechando um percentual sobre as vendas, sem pagar aluguel mínimo e condomínio”, comentou. Em outros casos, eles estão dando um aporte para montagem de loja.
O diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luis da Silva, explica que qualquer marca bem-sucedida e com um crescimento mercadológico satisfatório acaba sendo cobiçada pelos shoppings. “Nos últimos tempos, os franqueadores das marcas têm endossado muitas características do ponto de venda junto aos franqueados para que a loja seja ali instalada ou não”, disse ele.
A superintendente da Abrasce, Adriana Colloca, acredita que nos próximos dois anos o aumento das lojas de franquias em shoppings deverá acontecer de forma gradual. “Creio que as franquias, de modo geral, devem continuar a crescer no setor, e em época de crise as pessoas têm procurado o setor para empreender. Muito provavelmente nós veremos um aumento, sim”, ressaltou.
Serviços em alta
Nos pontos de venda que pertencem a marcas de franquia, os de serviços têm penetração de 43,5% nos empreendimentos estudados pelo setor de centros de compras. O ramo, aliás, alinha o posicionamento dos shopping centers no que diz respeito a serem locais que buscam oferecer comodidade aos usuários enquanto eles fazem as suas compras ou se divertem. Ainda com relação ao entretenimento e a área de lazer, Dirceu Benith, que é diretor adjunto de Operações do grupo administrador de shoppings Sonae Sierra Brasil, também acredita que os malls estão muito além de apenas centros de compras.
“Cada vez mais os shoppings representam bem mais do que um centro de compras. Atualmente, eles assumem o papel de espaços de conveniência [serviços], onde o cliente consegue resolver diversas tarefas no dia a dia em um mesmo local, e também espaços que estão bastante relacionados a fazer uma refeição”, detalhou.
Além disso, Benith lembra que os malls têm a seu favor fatores como serviço de estacionamento, maior segurança e ambientes com o ar-condicionado, por exemplo. No sentido de facilitar o acesso a um de seus empreendimentos, o Grupo Partage, prevê a conclusão do acesso viário ao Metropolitan Shopping Betim , em Minas Gerais, este ano. A empresa garante investir na atualização e ampliação de empreendimentos e o espaço terá provavelmente mais lojas de franquias em operação.