Fred Alecrim aborda a importância da venda com significado na Palestra Especial
Evento do Sindilojas Porto Alegre encerrou a programação de qualificação do ano promovida pela Entidade.
Cerca de 600 pessoas se reuniram na noite da última segunda-feira (25), no Salão de Atos da PUCRS, para ouvir atentamente às reflexões do palestrante Fred Alecrim, durante a Palestra Especial do Sindilojas Porto Alegre. Atraídos pelo tema “Pare de vender assim”, título do livro recém-lançado por Fred em coautoria com Kiko Kisklansky, os presentes tiveram uma aula sobre abordagem de vendas e a nova mentalidade de consumo.
Segundo o palestrante, a relação entre os clientes e as marcas está mudando, se tornando muito mais verdadeira e afetiva. Por isso, quem trabalha no varejo deve entender que o foco deve ser nas pessoas e que bater meta torna-se a consequência de uma venda humanizada. “Quem compra por causa desse tipo de vendedor, que quer a qualquer custo bater sua meta, não retorna mais à loja”, disse. Fred, que já passou por diversas experiências no segmento varejista, ressaltou que o lucro é fundamental, mas que o problema está em esse ser o único desejo. Para ele, é possível ganhar dinheiro e fazer bem para o mundo.
Para comprovar isso, o palestrante compartilhou exemplos de empresas que conseguiram cativar o público e ter sucesso mesmo diante da crise, seguindo uma abordagem humanizada e deixando claro o seu propósito, o que ele traduz como “venda com significado”. “Se as pessoas têm um propósito, as marcas também devem ter”, defendeu. De acordo com pesquisas apresentadas, o cliente pode gastar até 9 vezes mais com uma marca que deixa clara a sua razão de existir e os assuntos que busca defender, prova de que o consumidor de hoje está mais consciente. Portanto, comprar tem se tornado, inclusive, um ato político: “as pessoas se perguntam se o dinheiro que vão gastar na sua loja será usado para melhorar ou para explorar o mundo”.
Outro ponto levantado por Fred é o aumento do engajamento dos próprios funcionários quando a empresa utiliza esse tipo de abordagem também internamente, com a equipe. Nesses casos, até o colaborador que deixa o local passa a divulgá-lo para o seu círculo social e torna-se consumidor da marca. E contar com colaboradores engajados é fundamental para o resultado da empresa, segundo ele. “Ao entendermos que tempo é vida, e não dinheiro, todos saem ganhando. Precisamos de mais relações ‘4 g’, onde ganha a empresa, a equipe, o cliente e o mundo. Quando alguém não estiver ganhando, a relação acaba”, finalizou.