Fusão aumenta força de rede.

Fabricantes de eletroeletrônicos estão apreensivos com novo poder de barganha

A união das redes varejistas Ponto Frio, Casas Bahia e Extra Eletro numa só empresa nasce com faturamento de R$ 18,5 bilhões…

Fabricantes de eletroeletrônicos estão apreensivos com novo poder de barganha

A união das redes varejistas Ponto Frio, Casas Bahia e Extra Eletro numa só empresa nasce com faturamento de R$ 18,5 bilhões só em eletroeletrônicos.
Por meio de 1.015 lojas em 18 Estados, além das vendas online, deverá negociar em média metade dos volumes produzidos por grandes fabricantes, como Whirlpool, Electrolux, Samsung, LG e Philips. A participação nas vendas do novo gigante do varejo da produção desses fabricantes poderá oscilar entre 40% e 60%, dependendo da empresa, segundo cálculos de executivos de indústrias e especialistas do mercado varejista.
A projeção é considerada razoável pelo presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), Claudio Felisoni, levando-se em conta que só na cidade de São Paulo as Casas Bahia, antes da fusão, detinham 56% das vendas ao consumidor de eletrodomésticos e 61% das de eletroeletrônicos.
O poder que a megavarejista terá nas negociações com a indústria é nítido para o presidente do conselho de administração da nova rede varejista, Michael Klein.
– Juntos teremos um poder maior diante da indústria – afirmou na sexta-feira, durante o anúncio da transação, acrescentando que o desconto obtido nos preços da indústria será repassado ao consumidor.
Surpresos com a criação de uma cliente gigante, os fabricante mostraram-se apreensivos, embora o deslocamento do equilíbrio de forças nas negociações de preços da indústria para o varejo não seja um movimento recente. Com a forte tendência de fusões dos últimos anos, o comércio ficou mais poderoso na hora de ir às compras, invertendo uma equação que antes era favorável ao setor produtivo. Somente no terceiro trimestre deste ano, foram realizadas 55 operações de fusão ou aquisição, com um movimento de R$ 102,3 bilhões, enquanto no mesmo período de 2008, foram 77 negócios, num total de R$ 79 bilhões, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).

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