Guia para empreender em 2018
Se você pensa em empreender no ano que vem, algumas atividades podem ajudá-lo a seguir em frente
Muitos querem (ou terão que) empreender um negócio próprio em 2018. Parece loucura, mas estatisticamente, empreender sempre foi isso, já que parcela majoritária das novas empresas deixa de existir nos primeiros cinco anos. Mesmo assim, ter um negócio próprio é o quarto maior sonho dos brasileiros segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor. Empreender só perde, pela ordem de importância, para viajar pelo Brasil, comprar uma casa própria e adquirir um automóvel.
Neste contexto, se pensa em empreender no ano que vem, algumas atividades podem ajudá-lo(a) a seguir em frente.
1. Leia (agora e sempre). Normalmente, empreendedores leem e muito. Principalmente livros. É a forma mais barata, rápida e conveniente de aprendizado. Bill Gates, aos sete anos, já tinha lido todos os 21 volumes de World Book Encyclopedia (equivalente a Barsa ou Enciclopédia Britânica) e, desde então, nunca mais parou de devorar livros. Há alguns anos, Gates sempre divulga uma lista dos melhores livros que leu no ano. Caso tenha interesse, veja sua lista de 2017. A minha lista, mais humilde, está neste link. Assim, entre em uma livraria (física ou online) e escolha um para ler.
2. Faça cursos. Se é empreendedor de primeira viagem, antes de entrar no mar é preciso aprender a nadar. Considere o curso Empretec do Sebrae que já é bastante consagrado em desenvolver o comportamento empreendedor. Além deste, o Sebrae oferece outros cursos. Também faça uma busca nas principais faculdades de administração. Boa parte delas oferece cursos, inclusive de curta duração e de férias, de empreendedorismo. Além do conhecimento, você cria uma rede de contatos que será muito importante durante todas as suas fases de empreendedor.
3. Conheça e participe a hubs de empreendedorismo. Em várias cidades do país, em especial nas capitais, surgiram locais que concentram empreendedores. São coworkings, aceleradoras ou centros de empreendedorismo de faculdades. Também fique atento aos eventos. Caso não encontre um na sua cidade, vale a pena fazer algumas viagens para conhecer estes espaços. Em São Paulo, é praticamente obrigatório conhecer o Cubo do Itaú, o Google Campus, o Habitat do Bradesco, a Wayra da Telefónica e aceleradoras como ACE, Startup Farm e Oxigênio da Porto Seguro.
4. Tenha mentores. Empreender, em geral, é uma atividade muito solitária e sempre repleta de dúvidas, angustias e decisões a tomar. Poder conversar com outras pessoas, em especial as que entendem muito daquele desafio é fundamental para avançar. Neste momento entra o mentor. Algumas iniciativas oferecem mentores como a Endeavor, Inovativa Brasil, Startup Brasil, programas de startups de grandes empresas e aceleradoras. Mas neste caso é preciso passar por um processo seletivo. Se isto não for o seu caso, mesmo assim, você pode contar com mentores. Para isto, faça uma relação de amigos e conhecidos que poderiam orientá-los e convide-os para serem seus mentores. Muitos gostam de ajudar e se sentem muito bem nesta função. O LinkedIn pode ajudar no contato de profissionais que não estejam na sua rede de contatos diretos.
5. Aprenda a planejar seu novo negócio. Para quem pensa em empreender atualmente, é obrigatório conhecer abordagens como Value Propositon Canvas, Business Model Canvas, Lean Startup, Customer Development, Design Thinking, além de ferramentas tradicionais como plano de negócio e modelagem financeira.
6. Tenha sócios complementares. Vários grandes negócios começaram com dois sócios. Um que tenha muita habilidade em vendas e outro com grande capacidade de execução. Se estiver começando algo e não for a pessoa que vende ou a que entrega, preocupe-se. Já começará algo com um peso morto a bordo. E já deve estar até cansado de bordões, mas quem sabe, faz ao vivo!
Fonte: Estadão PME