Inadimplência cresce nas empresas e exige nova postura dos empresários

A mudança da situação econômica do país, com o evento da crise econômica, está gerando uma situação nada confortável para as empresas: o aumento da inadimplência. E não se está falando da dívida…

A mudança da situação econômica do país, com o evento da crise econômica, está gerando uma situação nada confortável para as empresas: o aumento da inadimplência. E não se está falando da dívida que o consumidor deixou de pagar, mas das próprias empresas que não conseguem cumprir com seus prazos de pagamento. Um levantamento realizado pelo Serasa mostrou que, no mês de março, comparado a fevereiro, o aumento da inadimplência empresarial chegou a 24%. Quando a base de comparação é o mesmo mês do ano passado, essa taxa atinge 50,7%.

“As empresas não estavam proporcionalmente preparadas para essa situação de economia em desaceleração. Com isso, até ser feito um ajuste nas finanças, o resultado que se tem é o de atraso no pagamento de algumas contas”, explica o economista da Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS), Eduardo Merlin. Ele garante que a situação é passageira, e que o objetivo de qualquer negócio é o de sempre manter as contas em dia. “O atraso gera multas, taxas, um encarecimento da dívida. Ninguém quer isso”, diz.

E as dívidas mais recorrentes para os empresários pertencem a três categorias: títulos protestados, que tiveram 41,6% de representatividade no indicador; os cheques sem fundos, que de janeiro a março de 2009 representaram 39,3% da inadimplência das empresas; e as dívidas com os bancos, que tiveram uma participação de 19,1% no indicador. Para Merlin, tanto os títulos protestados quanto os cheques sem fundo sinalizam um problema efetivo de caixa. “Já a dívida com bancos acontece em menor escala, pois a intenção é evitar o nome sujo e a impossibilidade de futuros empréstimos com a instituição”, diz.

Nos três primeiros meses do ano, o valor médio das dívidas com os bancos foi de R$ 4.558,11, com alta de 3,3% ante o primeiro trimestre do ano anterior. Já os títulos protestados registraram um valor médio de R$ 1.803,09, o que representou um crescimento de 24% na relação com o mesmo acumulado de 2008. Por fim, o valor médio dos cheques sem fundos foi de R$ 1.441,10, com 14,8% de crescimento, frente aos três primeiros meses do ano anterior.

A saída pode estar na negociação
Para evitar o comprometimento empresarial com as dívidas, a solução mais emergencial é a negociação, indica Merlin. O economista sugere que o empresário negocie o débito antigo e pague a dívida nova, evitando um novo ciclo de inadimplência. Outra dica é, neste período de crise nos mercados mundiais, priorizar sempre os pagamentos à vista. “Isto serve para as compras com fornecedores e vendas com os clientes. O objetivo aqui é garantir o pagamento e recebimento de dinheiro, evitando o calote do consumidor que pode vir a ser, na sequência, o calote do próprio negócio”, pondera.

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