Inadimplência do brasileiro sobe 6,6% no ano, diz Serasa
A inadimplência dos consumidores cresceu 6,6% de janeiro a agosto de 2008, na comparação com o mesmo período de 2007, segundo pesquisa da Serasa. Na comparação de agosto deste ano com igual período do ano…
A inadimplência dos consumidores cresceu 6,6% de janeiro a agosto de 2008, na comparação com o mesmo período de 2007, segundo pesquisa da Serasa. Na comparação de agosto deste ano com igual período do ano passado, a expansão foi de 4,8%. O índice registrou queda, no entanto, de 5,2%, em relação a julho deste ano. De acordo com os técnicos da Serasa, a inadimplência do consumidor no acumulado de janeiro a agosto de 2008 em relação ao mesmo período de 2007 atingiu 6,6%, bem acima do verificado entre o acumulado de janeiro a agosto de 2007 ante 2006, quando foi registrada uma queda de 1,1%.
Para o restante do segundo semestre, o comportamento da inadimplência dependerá do impacto dos juros sobre o crédito, da inflação e do grau de endividamento do consumidor. A concessão de crédito, por parte do varejo menos organizado, também precisa melhorar. As dívidas com os bancos mantiveram a liderança do ranking de representatividade da inadimplência dos consumidores, com 43,2% de participação no indicador entre janeiro e agosto de 2008. No acumulado de janeiro a agosto de 2007, esta representação foi de 38,7%.
Cartões de crédito e financeiras representam o segundo maior peso nas dívidas dos consumidores, com índice de 32,5% nos oito primeiros meses deste ano. No mesmo acumulado de 2007, a representatividade foi de 30,7%. Em seguida, com peso de 22% na inadimplência das pessoas físicas até agosto de 2008, estão os cheques devolvidos. No acumulado do ano, os cheques sem fundos representaram 27,9% da inadimplência dos consumidores.
Fechando o ranking estão os títulos protestados, com participação de 2,3% no indicador de janeiro a agosto de 2008, percentual menor que os 2,6% obtidos no mesmo período de 2007. De janeiro a agosto de 2008, as pendências com cartões de crédito e financeiras registraram um valor médio de R$ 410,53 (alta de 11,8% ante o valor registrado no mesmo acumulado do ano anterior). Quanto às dívidas com os bancos, o valor médio ficou em R$ 1.377,80, em alta de 8,5%. Os títulos protestados, por sua vez, tiveram nos oito primeiros meses do ano valor médio de R$ 944,61, com alta de 8,9%. Já os cheques sem fundos, de janeiro a agosto de 2008 obtiveram um valor médio de R$ 666,33, o que significou alta de 10% se comparado com 2007.