Inauguração do Camelódromo é adiada

A inauguração do Centro Popular de Compras (CPC), localizado na praça Rui Barbosa, no Centro da Capital, prevista para ocorrer hoje, foi adiada. Uma ação do Ministério Público obriga a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) a fornecer a carta de habitação e o alvará do Corpo de Bombeiros relativo ao Camelódromo.

a ação, assinada pelos promotores de Justiça Luciano de Faria Brasil e Norberto Cláudio Pâncaro Avena, da Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística, é destacado que caso a prefeitura não apresente a documentação, o imóvel não pode ser utilizado.
Na ação, os promotores afirmam que a medida foi tomada após o recebimento de informações de que o Camelódromo não possui, até o presente momento, a carta de habitação e de que o prédio não apresenta condições estruturais para suportar a atividade a ser desenvolvida. Além disso, em virtude de chuvas ocorridas em janeiro, ocorreram infiltrações no prédio que provocaram empoçamento de água no pavimento destinado à ocupação pelos ambulantes. O titular da Smic, Idenir Cecchim, diz que os ambulantes não terão prejuízos enquanto a obra do CPC não for totalmente concluída, conforme a legislação municipal vigente. “Vamos pressionar a empresa para que cumpra todas as exigências previstas na legislação”, destaca. De acordo com Cecchim, os camelôs regularizados ainda permanecerão nas ruas e uma nova data de inauguração do empreendimento será anunciada nos próximos dias. No final de semana, os ambulantes da área central, principalmente da praça XV de Novembro, rua José Montaury, Alberto Bins, rua dos Andradas e Voluntários da Pátria, começaram a ser transferidos para o Camelódromo. Um grupo de comerciantes da praça XV, que preferiu não se identificar, reclamou da indefinição sobre a inauguração do novo empreendimento. A Smic informou que montou um esquema especial de segurança no Camelódromo para proteger as mercadorias dos comerciantes populares.
Na sexta-feira, Cecchim disse que o objetivo, com a nova construção, é tirar as pessoas das ruas. “Queremos devolver as calçadas para a população da cidade e também preparar os comerciantes, através de cursos, para que eles se profissionalizem cada vez mais”, destacou.
Segundo Cecchim, uma das intenções da prefeitura é fazer com que os próprios comerciantes produzam suas mercadorias. “A Smic quer que esses vendedores passem a criar e desenvolver pequenas empresas para produzirem o seu próprio produto, com a sua marca. Sabemos que para todos isso não será possível, mas, no caso dos vendedores de confecções e artesanato, isso é bem viável, geraria emprego e renda, e será incentivado pela prefeitura”, disse.
Na ocasião também foi apresentada a marca do camelódromo e algumas peças que serão utilizadas na campanha publicitária. O slogan do centro será Camelódromo – Um Shopping de Todos. A figura de um camelo estilizado será o símbolo do empreendimento. Ainda na sexta-feira, integrantes de diversas religiões, reunidas no Grupo de Diálogo Inter-religioso de Porto Alegre (Dirpoa), abençoaram as instalações do camelódromo.

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