Inconfidência do comércio é tema de importante evento em BH

30º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo aborda a substituição tributária e aponta alternativas para que os empresários sustentem melhor seu negócio no…

30º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo aborda a substituição tributária e aponta alternativas para que os empresários sustentem melhor seu negócio no Brasil

Cerca de 2 mil empresários, especialistas e representantes do poder público e de entidades associativas e patronais se reunem em Belo Horizonte para o 30º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O evento acontece nos dias 9, 10 e 11 de abril e conta com palestras e fóruns dedicados a debater os desafios econômicos, a carga tributária brasileira, e desenvolver oportunidades comerciais para o setor.

Esta é a primeira vez que o Congresso ocorre em Minas Gerais. E, numa clara referência a um dos mais importantes movimentos do estado, o evento pautou suas atividades sobre o tema “A inconfidência do comércio”. Segundo o presidente do Sindilojas-BH Nadim Donato Filho, a expectativa é que o encontro seja um marco contra o peso excessivo dos tributos, a burocracia, a corrupção e as altas taxas de juros que emperram o crescimento do país. “Em 1792, Tiradentes morreu por ter liderado uma revolta contra o quinto, que eram os 20% de impostos destinados à Coroa Portuguesa. Três séculos depois, continuamos com uma carga tributária altíssima. Em 2013, os impostos corresponderam a 36,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e essa é uma situação que precisa ser combatida”, afirma Donato.

O presidente do Sindilojas-BH acrescenta que é exatamente para tentar reverter esse quadro que o evento prevê uma série de ações de mobilização e de conscientização. “Todas as atividades do Congresso têm como objetivo apontar alternativas para que os empresários sustentem melhor seu negócio em meio a atual situação, e ampliar o diálogo entre o poder público, sindicatos e empresários”, pontua.

Programação

Para discutir os assuntos e propor novas possibilidades de atuação para o setor, o Congresso conta com importantes palestras de lideranças políticas e grandes nomes do meio jurídico e empresarial. O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa Guilherme Afif Domingos abordará o Simples Nacional; e o empresário Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar, discorrerá sobre a verticalização das empresas. Já o coordenador do Movimento Brasil Eficiente, Paulo Rabello, dará palestra sobre a carga tributária no Brasil. A programação terá também seminários sobre a expansão das franquias no Brasil; shopping centers; turismo; convenção e acordos coletivos; bem como o futuro do sindicalismo brasileiro.

Ato Simbólico

Haverá ainda ainda um Ato Simbólico que reunirá os 2 mil empresários numa caminhada reflexiva pelas ruas da capital mineira. “No dia 10, marcharemos ao som das famosas matracas das procissões mineiras da Praça da Liberdade até a estátua de Tiradentes, na Avenida Brasil. Lá, colocaremos novas forcas com os nomes de cada tributo e de todos os desserviços prestados pelo setor público brasileiro para o empresariado e, consequentemente para o povo brasileiro”, contou Donato.

O ato contará com a personificação do processo burocrático brasileiro por meio das 41.266 páginas do livro Pátria Amada, obra de 7,55 toneladas editada pelo advogado Vinícios Leôncio, que reúne mais de 40 mil normas nas esferas municipal, estadual e federal. “O ato é extremamente positivo porque torna visível o absurdo que é a burocracia tributária no Brasil e chama o contribuinte para uma reflexão acerca dos abusos que lida cotidianamente”, afirma Vinícios. O livro tem a altura de 2,10 metros por 1,55 metros de largura, uma espessura de 2,20 metros e guiará a marcha em cima de uma carreta.
Carga Tributária

Segundo estudo divulgado no último mês pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil tem a segunda maior carga tributária entre os países da América Latina. Atualmente, o sistema brasileiro é composto por 61 tributos federais, estaduais e municipais. Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), no ano passado, o brasileiro médio pagou de impostos o equivalente ao que ganhou durante 150 dias de trabalho (de 1º de janeiro até o dia 30 de maio).

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