Indústria e varejo firmam parceria para aumentar a competitividade da cadeia têxtil

Numa iniciativa inédita em prol da cadeia têxtil, a Abit (Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção), a ABRAFAS (Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas),…

Numa iniciativa inédita em prol da cadeia têxtil, a Abit (Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção), a ABRAFAS (Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas), a ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) e o IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), entidades que representam a indústria e o varejo têxteis, assinaram dia 27, na sede da Abit, um Memorando de Entendimento no sentido de aprofundar o diálogo que já vem ocorrendo entre as entidades e unir forças para atuarem em agendas convergentes que visam a fortalecer as relações e, principalmente, aumentar a competitividade das empresas.

A assinatura do Memorando foi realizada durante cerimônia na Abit, com a presença dos representantes das entidades. O Memorando identifica importantes temas de interesse comum que deverão fazer parte de um programa de ações a ser definido por um grupo de trabalho.

“Não é saudável para um país que o varejo cresça, e sua indústria, que deveria abastecer o varejo, não participe desse crescimento. Podemos fortalecer toda a cadeia atuando em conjunto, pois é uma relação de interdependência, já que o varejo também precisa de fabricantes locais. Esse entendimento é comum para as duas partes e, por isso, conseguimos firmar essa parceria”, explica Rafael Cervone, presidente da Abit.

“Levamos um bom tempo para costurar esse acordo e estou feliz por termos conseguido. Mas foi só o começo. Vamos nos organizar para, em 90 dias, concluir um cronograma de ações. Temos, apesar de alguns pontos divergentes, muitos temas em comum e é nisso que vamos nos concentrar e trabalhar juntos, envolvendo, inclusive, sindicatos do setor”, declara Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit e um dos articuladores da parceria.
“Para a ABVTEX, este é um grande momento, pois representa a união de esforços por objetivos comuns de desenvolvimento do setor têxtil como um todo, da indústria ao varejo. O acordo proporciona o estabelecimento de diretrizes para o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia têxtil”, afirma José Luiz da Cunha, diretor executivo da ABVTEX.

Segundo Flávio Rocha, presidente do IDV, este é um momento histórico. “Todos, indústria e varejo, estão unidos em prol do setor de confecção. Deixamos nossas divergências de lado e vamos focar em construir um setor forte para o Brasil. Uma cadeia fragmentada é uma usina de conflitos”, explica.
“É um marco institucional importante, no qual todos os elos da cadeia irão discutir os seus problemas e buscarão soluções. É neste foro também que irão se desmistificar os mitos e traçar objetivos para o fortalecimento da cadeia, perseguindo-se metas”, diz Eduardo Cintra, diretor-executivo da Abrafas.
Pontos de convergência
A partir de agora, será criado um Grupo de Trabalho com representantes das quatro entidades para dar andamento às ações contempladas nos principais pontos do Memorando. São elas:

– Ações na área tributária a serem criadas, além das que já estão em andamento como:

• RTCC (Regime Tributário Competitivo para Confecção): entregue ao governo federal em agosto de 2013, o pleito assinado pelas entidades visa ao tratamento tributário especial para as confecções que possibilite o crescimento e a consolidação das empresas, de forma a atender a demanda do crescente varejo brasileiro, com maior escala de produção e os decorrentes ganhos que se estenderão por toda a cadeia até o consumidor final.

– Ações de fortalecimento junto ao governo como:

• KIT Enxoval: outro pleito assinado em conjunto pelas entidades busca a inclusão do setor têxtil no Minha Casa Melhor (cartão de financiamento do Minha Casa, Minha Vida), para produtos como cama, mesa, banho e tapetes.

– Ações de desenvolvimento de aspectos voltados à gestão, tecnologia, qualidade de produtos e serviços, inovação e práticas sociais e ambientais sustentáveis;

– Ações que levem à plena adoção das melhores práticas trabalhistas, tendo como referência mínima as já previstas na legislação brasileira, tanto na produção quanto no varejo de produtos feitos no Brasil.

– Ações de capacitação de produtores e varejistas com a finalidade de tornar mais eficiente e produtiva a cadeia nacional de suprimentos.

– Discussão para a harmonização, convergência e aumento da eficiência dos selos de conformidade existentes no setor, como, por exemplo, os selos QUAL e ABVTEX.

Veja também

    PesquisaNoticias

    Levantamento do Sindilojas Poa revela crescimento do comércio de vizinhança no R...

    Veja mais
    Noticias

    Edição especial do Menu Poa apresenta pautas do comércio para o futuro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Programação de atividades desta semana para as obras no Centro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Último dia para confirmar presença no MENUPOA especial sobre Eleições Municipais

    Veja mais