Inflação dos aluguéis é a maior em 4 anos
A queda nos preços no atacado de produtos químicos, derivados de petróleo, álcool, alimentos e bebidas fez com que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentasse deflação de 0,13% em dezembro….
A queda nos preços no atacado de produtos químicos, derivados de petróleo, álcool, alimentos e bebidas fez com que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentasse deflação de 0,13% em dezembro. O recuo no mês, no entanto, não evitou a maior alta anual acumulada em quatro anos. Em 2008, o indicador usado em reajuste de aluguéis subiu 9,81%. O IGP-M é o primeiro indicador de inflação a fechar os dados de 2008.
Segundo Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), houve dois momentos distintos ao longo do ano. Até julho, o IGP-M no acumulado de 12 meses superou a marca dos 15%. Isso se deu em ambiente de elevada temperatura econômica e forte aquecimento da demanda no mundo.
No segundo momento, a partir de setembro, quando ocorreu o recrudescimento da crise mundial, houve redução das operações para concessão de crédito, queda livre dos preços das commodities, perda de vigor das exportações e conseqüente enfraquecimento da demanda. Isso levou a uma descompressão dos preços industriais que se somou à queda dos preços agrícolas. Nos últimos cinco meses, a taxa de inflação ficou em 2,45%.
Esse segundo estágio da inflação é o que deverá, segundo Quadros, prevalecer ao longo do próximo ano. Relatório de Mercado divulgado ontem pelo Banco Central indica a expectativa de aumento de 5,5%. Em dezembro, a deflação ocorreu no atacado. Para o consumidor em geral, o aumento de preços chegou a 0,58%. Em novembro, ficou em 0,52%.