Inteligência voltada para resultados

Publicada na revista Conexão Varejo nº158, matéria traz informações de como a análise de dados promove o crescimento das empresas

Num ambiente marcado pela transformação digital, o uso inteligente de dados tornou-se indispensável. O antigo “faro para os negócios” ainda vale, mas é preciso ir além para se manter no mercado. Iniciativas que há até pouco tempo eram exclusivas de grandes empresas ou de determinados segmentos varejistas chegam agora a um número cada vez maior de empreendimentos que percebem a importância de ter informações sobre seus clientes e de fazer uso desses dados para o crescimento das vendas e do próprio negócio.

Para Tiago Barra, diretor de Marketing e Growth da Sproutfi, o modelo antigo de armazenar e usar dados, em que o comerciante fazia tudo de forma inconsciente, “tinha isso na cabeça dele”, não é mais viável, porque a informação fica com apenas uma pessoa. “O feeling não é escalável”, afirma. Sem análise de dados não há como definir estratégias de personalização com seus clientes, pois se torna impossível fazer isso de forma ampla.

Tiago acrescenta que a aplicação de dados no varejo vai muito além do incremento de vendas e deve permear a estratégia da empresa como um todo. Ele entende que os varejistas não podem pensar a venda como “somente uma venda”, e sim como uma transação composta de variáveis da qual podem ser extraídos muitos dados sobre o comprador e sobre a interação dele com a loja. Dessa forma, é possível entender melhor o cliente e identificar os consumidores mais importantes em termos de rentabilidade e de frequência para obter engajamento, proporcionar uma boa experiência e criar campanhas baseadas nessas informações.

O que fazer com os dados

Os gestores contam atualmente com uma imensa oferta de ferramentas e tecnologias que ajudam a armazenar e analisar dados. Mesmo os softwares mais simples de gestão oferecem funcionalidades de CRM (gerenciamento do relacionamento com o cliente) que, se bem exploradas, permitem ir além do “feeling”. Segundo Tiago, o uso inteligente de dados não exige ferramentas de BI (Business Intelligence) muito sofisticadas: “Com um CRM bem estruturado, com registro e categorização, é possível ter um rastreamento do cliente”, afirma.

Ele destaca, no entanto, que muitas vezes os dados estão disponíveis, mas as pessoas não olham para eles de uma forma analítica. O desenvolvimento de uma cultura de uso de dados até chegar-se a um negócio com maturidade analítica deve começar, orienta Tiago, com perguntas, ou seja, deve-se olhar para os dados em busca de respostas. Como exemplos, para procurar saber qual é o perfil das pessoas que mais compram, que horário compram, qual o tíquete médio desses consumidores, etc. Ele aconselha ao empresário praticar isso no dia a dia, com perguntas simples, até adquirir mais intimidade com as informações e, então, começar a fazer perguntas mais complexas. “Olhar para os dados de forma analítica é questioná-los e vê-los como histórias a serem contadas”, ensina Tiago.

 

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