Intenção de consumo das famílias gaúchas recua 11,1% em abril, aponta pesquisa da Fecomércio-RS

A intenção de consumo das famílias gaúchas registrou 121,0 pontos em abril, o que representa uma queda de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O indicador foi influenciado, principalmente,…

A intenção de consumo das famílias gaúchas registrou 121,0 pontos em abril, o que representa uma queda de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O indicador foi influenciado, principalmente, pela inflação, que em março alcançou o nível mais elevado para o mês desde 2003. O dado consta da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas – ICF, realizada mensalmente pela Fecomércio-RS em Porto Alegre e que conta, no mínimo, com 600 famílias em sua amostra.

“A elevação da taxa básica de juros como forma de combater o processo inflacionário tem refletido nas taxas de juros à pessoa física, tornando o crédito às famílias mais caro”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Zildo De Marchi. Segundo o dirigente, embora pese a moderação recente das famílias gaúchas, um fator positivo que contribui para a manutenção do otimismo é a conjuntura atual do mercado de trabalho, que vem registrando taxas de desocupação extremamente reduzidas nas medições feitas na Região Metropolitana de Porto Alegre. “A conjuntura do mercado de trabalho permanece muito favorável, especialmente no Rio Grande do Sul, a taxa de desocupação na RMPA está no patamar mais baixo da história, em 3,4% na média dos últimos 12 meses”, destacou Zildo.

Mesmo nesse cenário, o indicador referente à perspectiva profissional caiu 4,5% em abril de 2014 sobre o mesmo período do ano passado. Apesar da conjuntura de baixa desocupação no mercado de trabalho, o crescimento em ritmo mais lento em 2013 do setor de comércio e serviços (que predomina em Porto Alegre, onde a pesquisa é realizada) pode ter refletido no indicador. Além disso, o crescimento mais vigoroso constatado no início de 2014 ainda não impactou na percepção dos consumidores. Já a avaliação quanto à renda atual caiu 9,9% sobre abril de 2013, explicada principalmente pela alta persistente da inflação, mesmo que tenha sido registrado um crescimento nas remunerações médias pagas nos últimos meses.

A percepção quanto ao nível atual de consumo foi a única a ficar no campo pessimista, 94,8 pontos, com um maior número de pessoas afirmando que consumem menos hoje do que no passado recente do que pessoas que consideram que estão consumindo mais. A perspectiva de consumo, na comparação com o mesmo mês de 2013, recuou 19,3% como resultado da inflação elevada, que apresenta resistência em cair abaixo do patamar de 6,0% ao ano, e do aumento da taxa básica de juros que diminui o ímpeto de consumir. Ainda assim, o consumir se mantém otimista, com o indicador registrando 117,1 pontos. Esses dois fatores, aliados ao patamar mais desvalorizado do câmbio, também impactaram no indicador referente às compras a prazo, que em abril de 2014 caiu 7,5% na comparação com abril do ano passado.

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