IPCA de dezembro de 2024 – fechamento do ano em relação à inflação

Em comparação a outras capitais, Porto Alegre teve níveis menores de preços

A publicação do IPCA de dezembro de 2024, o índice de preços ao consumidor, marca o fechamento dos dados de inflação do ano, consolidando o cenário inflacionário nacional e regional. Em dezembro, o índice variou 0,50% em Porto Alegre, abaixo da média nacional de 0,52%. A cidade manteve um desempenho estável em relação à inflação mensal, refletindo pressões moderadas nos preços dos bens e serviços. No comparativo regional, capitais como Salvador (0,89%) e São Luís (0,71%) apresentaram as maiores variações, impulsionadas principalmente pelos grupos de alimentação e bebidas, enquanto Brasília (0,26%) e Curitiba (0,46%) registraram os menores índices. Porto Alegre posicionou-se em uma faixa intermediária, com aumentos concentrados em poucos itens.

No grupo de alimentação e bebidas, a variação em Porto Alegre foi de 0,62%, com uma alta moderada em alimentos no domicílio (0,40%). Apesar disso, houve quedas significativas em itens como o arroz (-2,39%) e os cereais em geral (-2,19%), reflexo de boas safras e redução nos custos logísticos. Esses itens ajudaram a conter o impacto inflacionário do grupo, que apresentou aumentos pontuais em outros produtos. Por outro lado, os grupos de habitação e transporte mantiveram desempenhos estáveis, com variações controladas em tarifas públicas e combustíveis. A gasolina e o diesel, por exemplo, tiveram preços praticamente estáveis em dezembro, aliviando pressões no grupo de transportes. Dessa forma, a inflação mensal em Porto Alegre se manteve controlada.

No acumulado de 12 meses, Porto Alegre registrou um IPCA de 3,57%, o menor entre todas as capitais analisadas e abaixo da média nacional de 4,83%. Esse desempenho reflete dinâmicas locais que contribuíram para um controle mais rigoroso dos preços ao longo do ano. No grupo de alimentação no domicílio, as quedas expressivas em itens como cebola (-42,47%), tomate (-38,58%) e tubérculos, raízes e legumes (-33,29%) foram determinantes para aliviar o impacto inflacionário. Esses movimentos contrastam com os aumentos registrados em produtos como o café moído (+30,76%) e o óleo de soja (+16,79%), que sofreram com pressões no mercado internacional e custos de produção.

Comparando Porto Alegre a outras capitais, houve diferenças relevantes nos subgrupos de alimentos. Itens como cebola e tomate apresentaram quedas significativas na cidade, enquanto capitais como Salvador e São Luís registraram variações positivas nesses mesmos produtos. Por outro lado, o café moído teve uma alta mais expressiva em Porto Alegre em relação à média nacional, evidenciando particularidades regionais no índice.

O desempenho do Varejo Ampliado em Porto Alegre em 2024 apresentou uma dinâmica variada entre os diferentes grupos de itens. No grupo de alimentação no domicílio, cereais e arroz foram itens com quedas significativas nos preços. Em dezembro, o arroz registrou uma redução de -2,39%, enquanto os cereais caíram -2,19%. No acumulado de 12 meses, essas quedas foram ainda mais expressivas, com reduções de aproximadamente -8,5% e -6,2%, respectivamente, reflexo de safras favoráveis. Já o grupo de tubérculos, raízes e legumes teve impacto ainda mais significativo, acumulando uma queda de -33,29%, com destaques como cebola (-42,47%) e tomate (-38,58%), favorecidos por uma oferta. Por outro lado, o óleo de soja e o café moído apresentaram aumentos expressivos. O óleo de soja subiu +0,98% em dezembro e acumulou +16,79% no ano, enquanto o café moído teve alta de +1,2% no mês e +30,76% no acumulado.

No setor de veículos e acessórios, os preços de automóveis novos e usados mantiveram-se estáveis em dezembro, com variação de +0,05%, acumulando uma alta moderada de +2,8% no ano. Já peças e acessórios tiveram variação mensal de +0,32% e uma alta acumulada de +5,3%. Entre os combustíveis, a estabilidade foi um ponto chave para o controle dos custos logísticos no varejo. A gasolina apresentou variação mínima de +0,02% em dezembro e acumulou um aumento de +1,5% em 12 meses. O diesel teve leve queda mensal de -0,1% e alta moderada de +2,3% no ano, enquanto o etanol registrou um crescimento de +0,6% em dezembro e +3,9% no acumulado.

O setor de materiais de construção também registrou aumentos controlados ao longo do ano. Itens como cimento e tijolos tiveram uma alta marginal de +0,15% em dezembro e acumularam +4,1% em 12 meses, enquanto materiais hidráulicos e elétricos apresentaram estabilidade no mês (+0,02%) e uma alta acumulada de +3,7%. Esses resultados refletem a estabilidade nos custos logísticos e ajustes na cadeia produtiva, o que beneficiou o setor de construção civil. Entre os produtos duráveis e semi-duráveis, os eletrodomésticos tiveram alta de +0,8% em dezembro e acumularam +6,4% no ano, impulsionados por pressões cambiais e custos de insumos. Os móveis apresentaram uma variação mensal de +0,4% e acumulada de +4,2%, com influência de custos de fabricação e transporte. Já o vestuário e calçados registraram um crescimento acumulado de +5,8%, com alta de +0,9% em dezembro, impactados pelo aumento nos custos de mão de obra e insumos.

Em comparação a outras capitais, Porto Alegre teve níveis menores de preços. A média de aumento dos preços no Varejo na cidade foi de aproximadamente +3,1%, bem abaixo de capitais como Salvador (+4,9%) e São Luís (+5,3%), que enfrentaram pressões inflacionárias mais intensas, especialmente nos grupos de alimentos e combustíveis. Porto Alegre manteve desempenho semelhante a Brasília (+3,3%) e Vitória (+3,4%).

No geral, Porto Alegre apresentou quedas expressivas em itens essenciais, como arroz, cereais e tubérculos, o que aliviou significativamente o custo ao consumidor e favoreceu o controle do índice geral. Apesar disso, produtos como café moído, óleo de soja e vestuário registraram altas significativas, destacando pressões pontuais no mercado local e internacional. A estabilidade nos combustíveis e materiais de construção também foi um fator determinante para conter custos logísticos e garantir o equilíbrio no Varejo Ampliado da cidade. Esse cenário reforça o controle inflacionário eficiente de Porto Alegre, colocando-a entre os destaques nacionais.

Por fim, Porto Alegre demonstrou uma dinâmica inflacionária relativamente controlada no Varejo em 2024, com quedas expressivas em itens essenciais do varejo alimentar e estabilidade em combustíveis, o que favoreceu o equilíbrio de custos logísticos. Por outro lado, produtos específicos, como café moído e óleo de soja, trouxeram pressões inflacionárias, destacando particularidades regionais que afetaram o desempenho do setor.

Fonte: IBGE e Rodrigo de Assis

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