IPCA encerra ano com a menor taxa desde 2006

Custo de vida oficial ficou em 4,31%, contra 5,90% do período anterior

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2009 em 4,31%, segundo informou ontem o Instituto…

Custo de vida oficial ficou em 4,31%, contra 5,90% do período anterior

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2009 em 4,31%, segundo informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento de preços. Em 2008, a inflação pelo IPCA havia sido de 5,90%.
Em dezembro do ano passado, a inflação pelo IPCA foi de 0,37%, ante 0,41% de novembro. O IPCA engloba a variação de preços para famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários-mínimos, residentes nas principais áreas urbanas do País.

O IPCA também é o índice oficial utilizado pelo Banco Central (BC) para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2009 foi estabelecido em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com o resultado anunciado ontem, de 4,31% em 2009, a inflação ficou dentro da meta.

A inflação medida pelo IPCA no acumulado de 2009 representou a menor taxa anual apurada pelo IBGE desde 2006, quando foi de 3,14%. Segundo o instituto, enquanto a inflação de 2008 (quando chegou a 5,90%) foi influenciada pelos alimentos (que fecharam aquele ano com alta de 11,11%), em 2009 os produtos alimentícios subiram bem menos (3,18%), com contribuição fundamental na desaceleração do IPCA na passagem de um ano para o outro.

Apesar da perda de ritmo no aumento dos alimentos, o item refeições em restaurantes registrou alta de 9,05% no ano passado, representando a maior contribuição individual (0,37 ponto percentual) na inflação de 2009.
As passagens aéreas registraram alta de 46,91% em dezembro, representando a maior contribuição individual (0,12 ponto percentual) para a inflação medida pelo IPCA do mês passado, segundo informações do instituto. Por sua vez, o grupo de alimentos e bebidas registrou variação de 0,24% no IPCA de dezembro, ante 0,58% em novembro, sendo o principal fator responsável pela desaceleração do índice na passagem de novembro (0,41%) para dezembro (0,37%), informou o instituto. O grupo dos não alimentícios registrou aumento de 0,41% no mês passado, ante alta de 0,36% no mês anterior.

Os itens administrados e monitorados tiveram mais peso na inflação medida pelo IPCA em 2009 do que no ano anterior, segundo a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. De acordo com ela, esse grupo de produtos contribuiu com 1,24 ponto percentual para a inflação de 2009, após dar uma contribuição de 0,99 ponto percentual na taxa anual de 2008. Entre as principais variações nesse grupo em 2009 estão as passagens aéreas (31,88%), plano de saúde (6,38%), ônibus intermunicipal (6,21%), remédios (5,83%), energia elétrica residencial (4,68%) e telefone celular (2,54%). Eulina explica que os preços administrados e monitorados têm como característica carregar a inflação do ano anterior, já que muitas vezes são indexados por índices inflacionários.

Eulina destacou também a aceleração nos reajustes de alguns itens de serviços em 2009, como pintura de veículo (14,83% no acumulado do ano, ante 5,08% em 2008), motel (12,04%, ante 6,97% no ano anterior), cabeleireiro (7,84%, ante 6,79%), condomínio (5,29%, ante 2,59%) e boate (4,83%, ante uma deflação de 3,38% no ano anterior). Segundo Eulina, os serviços tiveram uma pressão forte no IPCA do ano, especialmente porque estão muito vinculados ao aumento do salário-mínimo, mas refletem também aumentos na demanda, como no caso de serviços associados a automóveis, cuja frota tem crescido de forma persistente com os incentivos para o consumo.

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