Lideranças empresariais debatem o impacto da retirada dos benefícios fiscais ao cidadão
Reunião na Federasul mostrou a união das entidades representativas
A reunião da tarde desta quarta-feira, dia 20, contou com a participação de diversas Entidades, além de economistas que avaliaram os impactos dos decretos. O economista-chefe da FARSUL, Antônio da Luz, destacou que a situação é delicada, pois a atividade econômica do Estado está estagnada há quatro anos. Ele acredita que ainda seja possível encontrar uma saída que não onere os consumidores. Já o economista-chefe do CDL POA, Oscar Frank, analisou as finanças públicas do Rio Grande do Sul e constatou que o ICMS superou a inflação e o PIB. Ele também alertou que as medidas podem provocar o fechamento de negócios, pois o dinheiro não entrará na economia, mas sim nos cofres do Estado.
Manifestação de líderes empresariais:
Líderes de diversos setores produtivos do Estado se manifestaram contra os decretos. O presidente da AGAS, Antônio Cesa Longo, disse que a decisão do Governo é um mau exemplo para o País e que o setor supermercadista não concorda com o aumento de impostos sobre alimentos.
O presidente da Aclame, Fernando Bertuol, destacou que o grande desafio é fazer a população entender que o aumento do ICMS atingirá a todos. O presidente da FAGV, Vilson Noer, alertou que a redução de renda para consumir vai provocar queda nos empregos.
O presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner, também se posicionou contra o aumento de impostos, que prejudicará os menos favorecidos. O presidente do Setcergs, Sérgio Gabardo, defendeu que o Governo trabalhe para atrair novas empresas e não aumentar impostos.
O presidente do Sindilojas POA, Arcione Piva, defendeu a mobilização do setor produtivo e a busca por alternativas que considerem a necessidade de previsibilidade e planejamento para os empresários. “A retirada desses benefícios vai chegar ao consumidor final. Ele é quem paga a conta”, comentou.