Lixo se amontoa pelas ruas
Porto Alegre manteve o aspecto sugismundo ontem, pelo terceiro dia consecutivo, sem que as equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) conseguissem concluir a coleta de lixo. Para amenizar a…
Porto Alegre manteve o aspecto sugismundo ontem, pelo terceiro dia consecutivo, sem que as equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) conseguissem concluir a coleta de lixo. Para amenizar a situação de emergência, foi improvisado um ponto de transbordo nas imediações da Avenida Sertório, na Zona Norte. A previsão é de que o serviço seja normalizado no início da próxima semana.
Moradores, no entanto, estão inconformados. No bairro Rubem Berta, na Zona Norte, o aposentado Luiz de Mattos, 64 anos, diz ter cansado de ligar para o DMLU pedindo providências. No bairro Cristal, na Zona Sul, o zelador Paulo Gilnei, 49 anos, cogitou que os servidores da prefeitura estivessem em greve. – Tive de amarrar o lixo. Já pensou se o vento carrega uma garrafa para o meio da rua e ocorre um acidente com um motoqueiro? – queixa-se Gilnei.
O DMLU tem explicações para o acúmulo de sacos de resíduos – sólidos e orgânicos – em frente a edifícios e se espalhando por calçadas, inclusive dificultando a circulação de pedestres. O diretor-geral em exercício do DMLU, Carlos Vicente Gonçalves, explica que o lixo gerado no Natal superou a capacidade de coleta. Em peso, o aumento foi de 15%. No entanto, o que provocou o colapso foi o volume (embalagens de TV, geladeira, fogão, etc) não esperado. – O caminhão de coleta ficava lotado já no meio do caminho. Não conseguia concluir o roteiro – justifica.
Os 42 caminhões que fazem os 128 roteiros pela cidade levam suas cargas para a estação de transbordo da Lomba do Pinheiro. Depois, o lixo é transportado ao destino final: Minas do Leão, na região carbonífera, a 105 quilômetros de Porto Alegre. Para acelerar a coleta, o DMLU criou outra estação, chamada de ponto de apoio, nas proximidades da Avenida Sertório. – Não é um novo aterro, é só um ponto de apoio transitório, enquanto durar o problema – observa Vicente.
Outra medida do DMLU foi mobilizar os oito veículos da varrição e mais 10 caçambas para auxiliar na coleta. Segundo ele a chuva no Natal e a atitude de pessoas que colocaram lixo na rua antes do dia de recolhimento agravaram a situação. A expectativa dele é de que o serviço se normalize após o feriadão de Ano-Novo.