Lojas Renner pretende chegar a 2021 com 408 lojas

Em evento ocorrido ontem na sede das Lojas Renner, em Porto Alegre, para analistas, investidores e imprensa, José Galló, CEO da empresa, apresentou o modelo de negócio da marca e os objetivos futuros. De…

Em evento ocorrido ontem na sede das Lojas Renner, em Porto Alegre, para analistas, investidores e imprensa, José Galló, CEO da empresa, apresentou o modelo de negócio da marca e os objetivos futuros. De acordo com Galló, o público-alvo da Renner continua sendo a mulher das classes A -, B e C+ de 19 a 39 anos. Atualmente a rede tem 236 lojas em operação no País, sendo que a maior concentração delas está na região Sudeste. A meta da empresa é alcançar o ano de 2021 com 408 lojas inauguradas. No final de outubro, o grupo abriu as portas de sua loja 100% sustentável, resultado de investimento de R$ 9 milhões em 4 mil m², localizada no Riomar Shopping Fortaleza, na capital cearense, e concluiu a construção de dois centros de distribuição. O primeiro já está em funcionamento no Rio de Janeiro, enquanto o segundo, em Santa Catarina, deve ser inaugurado em meados do ano que vem. Ambas estruturas têm mais de 50 mil m² e representaram investimentos de R$ 100 milhões cada. Além da marca Renner, o grupo também pretende abrir lojas da YouCom e Camicado. Apenas a YouCom tem potencial para que sejam abertas 300 novas lojas até 2021 e a Camicado, por sua vez, neste mesmo ano deverá estar com 125 lojas inauguradas. Quanto ao público-alvo, apenas a YouCom se diferencia atingindo uma faixa etária um pouco diferente, de 18 a 35 anos.

Segundo o CEO, a estratégia das Lojas Renner de sempre abrirem com novos shoppings se deve ao fato de que se a empresa não participa desde o início, comumente precisa esperar até cinco anos para conseguir entrar. Apesar de 94% das operações estarem em shopping centers, há locais em que existem lojas de rua e essa não é uma restrição dentro da empresa. Em relação ao desenvolvimento de produtos, a organização preocupa-se em representar os estilos de vida mais representativos do mercado em suas marcas. Atualmente a Renner possui dezesseis marcas próprias de vestuário, uma de cosméticos, uma de acessórios e uma de calçados. Possuem uma equipe dedicada a pesquisa de tendências, leitura de desfiles internacionais e nacionais, além do monitoramento de blogs e sites. Cada uma das marcas tem um livro de referências com fotos, objetos, situações que ajudam a compor o lifestyle que se quer representar e, por sua vez, contribuem na construção das coleções. A equipe de visual merchandising é que define como os produtos serão expostos e envia todas as instruções e dicas para os funcionários das lojas.

Os objetivos da empresa para os próximos anos são aumentar o volume de vendas, reduzir o mark down (remarcações) e diluir as despesas, o que será contemplado com a conclusão da construção do Centro de Serviços Compartilhados, que reunirá todas as atividades administrativas. No terceiro trimestre de 2014, a rede faturou R$ 1 bilhão. Em 2013, o desempenho foi de R$ 3,9 bilhões (receita líquida de mercadorias, sem contar os produtos financeiros). No Rio Grande do Sul, onde atua com 26 lojas, o market share da rede é de 10% no segmento de vestuário, nos mercados onde atua.

Tudo isso, segundo Galló, se deve também ao investimento que a companhia faz nas pessoas, na força de trabalho. “Não adianta traçarmos planos e metas se não temos pessoas competentes para executá-los”, disse. O investimento em qualificação chega a 130h per capita e apenas 11% dos líderes são buscados no mercado, já que é priorizada a formação de líderes na própria empresa.

A respeito das expectativas para os próximos meses, Galló é realista, mas não pessimista. “Entendemos que será um ano de uma certa dificuldade, uma vez que estamos, no Brasil, com PIB próximo de zero (com perspectiva de que passe para 1% em 2015). Além disso, a confiança do consumidor está bastante baixa. Mas, o país não vai acabar. Será um ano trabalhoso e certamente o que vai contar será oferecer diferencial para os consumidores. Quem fizer igual ou pior que a concorrência, ficará para trás”, afirma.

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