Mais de 40% dos paulistas já se sentiram discriminados na hora das compras
SÃO PAULO – Na hora de ir à s compras, 40,11% dos consumidores paulistas já se sentiram discriminados, enquanto que 56,43% já presenciaram algum tipo de discriminação, segundo revela pesquisa realizada…
SÃO PAULO – Na hora de ir às compras, 40,11% dos consumidores paulistas já se sentiram discriminados, enquanto que 56,43% já presenciaram algum tipo de discriminação, segundo revela pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP e divulgada nesta sexta-feira (12). De acordo com o levantamento, no primeiro grupo, a maioria destes consumidores (80,38%) disse que a discriminação ocorreu de forma sutil e camuflada, sendo que as atitudes discriminatórias mais citadas foram: descaso, agressividade ou intolerância e falta de atenção (57,34%); desconfiança por parte do segurança ou do vendedor no momento da apresentação de cheque, documento ou cartão (24,55%); desconfiança de incapacidade de pagamento ou do poder aquisitivo do consumidor, manifestada pela oferta de produtos ou serviços mais baratos (9%). As atitudes mais ostensivas, como recusar o atendimento ou a venda do produto ou serviço, ou ainda não permitir a entrada no estabelecimento somaram 9,10% das queixas. Ainda segundo a Fundação Procon-SP, lojas de sapatos, roupas, acessórios, perfumarias, shoppings, bancos, financeiras e seguradoras são os locais que mais praticam atos discriminatórios.
Raça
O grupo de pessoas que se declararam de cor preta – conforme classificação utilizada pelo IBGE – foi o que obteve o maior percentual de consumidores que afirmaram haver sofrido atitude discriminatória na relação de consumo, 86,52%. Em seguida vieram os indÃgenas (59,09%) e os pardos (48,57%). No que diz respeito à reação diante do ato discriminatório sofrido, os indÃgenas foram os que mais reagiram, 61,54%. O segundo maior nÃvel de reação veio do grupo de cor amarela (43,75%), seguidos pelas pessoas de cor preta (37,69%). Dentre as atitudes tomadas, em todos os grupos, a maior parte exigiu os direitos diretamente ao fornecedor, enquanto a menor parte denunciou à s autoridades competentes. O levantamento ouviu 2630 consumidores entre 09 e 24 de agosto.