Maria Isabel Hammes: o avanço dos pequenos negócios no país
Micro e pequenas empresas representam 27% da riqueza nacional, estima estudo do Sebrae
Apesar das dificuldades enfrentadas por quem pretende se aventurar no mundo dos negócios no Brasil, há muitos exemplos bem-sucedidos. Não faz muito tempo, o brasileiro abria um negócio quando não encontrava espaço no mercado de trabalho. Agora, a situação mudou. Sete pessoas em cada 10 começam um empreendimento por identificar uma demanda a ser explorada.
Já existem 9 milhões de micro e pequenas empresas no país, que representam 27% da riqueza nacional, ou seja, os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do PIB brasileiro, conforme divulgou nesta quarta-feira o Sebrae. O estudo mostra que, em valores absolutos, a produção gerada por essas empresas quadruplicou em uma décadas, de R$ 144 bilhões, em 2001, para R$ 599 bilhões em 2011.
As micro e pequenas empresas já respondem por 53,4% do PIB do comércio. No PIB da indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.
Mas é preciso mais para assegurar esses empreendimentos, que empregam 52% da mão de obra formal e respondem por 40% da massa salarial. O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, chama a atenção para a necessidade de melhora no ambiente de negócios, em especial após a criação do Supersimples, e de aumento da escolaridade da população e expansão do mercado consumidor.
Com a ampliação do Supersimples, o Brasil pode chegar a 9 milhões de empresas no Simples Nacional até agosto. E quando entrar em vigor a ampliação desse regime de tributação para mais 140 categorias profissionais, cerca de 3 milhões de outras novas ou já existentes poderão se beneficiar.