Material escolar está mais caro em Porto Alegre e venda online perde força
Movimento ainda é baixo na maioria das lojas do segmento. Procura maior deverá ocorrer entre duas semanas antes da volta às aulas até a véspera.
O Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre realizou levantamento para saber como estão as vendas no comércio da Capital. Segundo 29% dos lojistas, estão melhores que no ano passado. Para 13% houve queda nos resultados e para 36% as vendas estão semelhantes ao mesmo período de 2021. Outros 22% não souberam responder.
Na comparação com 2020, 15% dos comerciantes afirmaram que a procura por artigos escolares aumentou. Já 20% disseram que diminuiu e 36% que o movimento está parecido. Outros 29% não souberam avaliar. Quanto aos preços, praticamente oito em cada dez lojistas (79%) afirmaram que os materiais escolares estão pesando mais no bolso dos consumidores. O percentual de aumento dos valores verificado pela pesquisa é de 24%. Pastas de plástico, mochilas, livros e cadernos são os itens que mais sofreram reajuste. De acordo com a sondagem, o gasto médio por cliente, sem considerar a compra de livros didáticos, está em torno dos R$ 175. A principal forma de pagamento utilizada na loja física é o cartão de crédito parcelado, em 93% dos locais. Em segundo lugar está o cartão de débito, representando 7% dessa movimentação financeira. Nas lojas da Capital, materiais escolares com desconto não são o forte desse verão. Somente 12% dos locais pesquisados prepararam promoções. A média de desconto oferecida é de 16% e, segundo os lojistas, a oferta deverá ocorrer até enquanto durar o estoque. Nesses locais, os principais produtos em promoção são cadernos, livros, lápis de cor, mochilas e pastas. A respeito dos itens mais vendidos, cadernos, canetas e lápis lideram o ranking. Borrachas, folhas de ofício, livros e apontador seguem na sequência nessa lista. Online x físico A pesquisa identificou também que os porto-alegrenses ainda mantêm o hábito de comprar materiais escolares no comércio físico. Segundo 78% dos entrevistados, as vendas ocorrem presencialmente, direto na loja. Apenas 3% disseram que estão vendendo online. Já de acordo com 19% dos comerciantes, tanto o ponto físico quanto a internet têm sido utilizados para vender, percentual menor que o identificado no ano passado, quando 45,7% dos locais vendiam por ambas as formas, na loja e pelos canais online. Para os que vendem pela internet, o WhatsApp é o meio mais usado em cerca de 68,2% dos negócios fechados. Os locais que vendem mais pelo site da loja representam 31,8%. Sobre a forma de pagamento preferida pelos consumidores no online, o PIX e o link lideram, citados por 91% dos lojistas. As compras diretamente no site da loja ou por transferência bancária representam 9% do total. Tendência de consumo O levantamento identificou, ainda, que 22% dos lojistas perceberam uma mudança no comportamento de consumo dos pais para esse tipo de compra, já que as trocas de materiais têm se tornado cada vez mais comuns em grupos de Facebook e WhatsApp. Os principais reflexos desse hábito, citados pelos lojistas, são que os consumidores estão mais econômicos e que chegam na loja com os valores já pesquisados. Outra curiosidade apontada pelo Núcleo de Pesquisa é sobre os personagens e temas infantis “da vez”. Produtos do Homem-Aranha lideram as buscas, seguidos dos estampados pelo Now United, Naruto, Fortnine, Free Fire e Batman.Confira o infográfico completo da pesquisa aqui.