Medo da crise pode ter influenciado a queda na abertura de novos negócios no Estado, avalia economista

O número de empresas constituídas no Rio Grande do Sul no mês de janeiro de 2009 totalizou 3.558 novos negócios. Entretanto, este dado representou uma queda de 11,5% em relação à avaliação de 2008…

O número de empresas constituídas no Rio Grande do Sul no mês de janeiro de 2009 totalizou 3.558 novos negócios. Entretanto, este dado representou uma queda de 11,5% em relação à avaliação de 2008 quando, no Estado, 4.019 empresas foram abertas. Os dados da Junta Comercial do RS mostram ainda que no fechamento de empresas o movimento foi o inverso.

Em janeiro de 2009 foram 2.098 estabelecimentos extintos, frente a 2.387 empresas que fecharam as portas no mesmo mês de 2008. Com isso, houve uma queda de 12,11% no saldo de empresas que encerraram suas atividades. “O que temos nesse momento é uma crescente na preocupação em se abrir as portas de um novo negócio, bem como uma maior responsabilidade ao se fechar. Os empresários já sinalizam preocupação com a crise, mas como contrapartida estão mais eficientes nos negócios, por isso acontece a diminuição no número de empresas extintas”, avalia o assessor econômico da Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS), Carlos Cardoso.

O economista explica que deste total de novas empresas, a grande maioria é composta por micro e pequenas e, com a criação do Simples Nacional em julho de 2007, o que simplificou o pagamento dos tributos, isso fez com que o número de novos negócios crescesse no RS no ano passado. “Em janeiro de 2008 e durante todo o ano houve este incremento, mas o que temos agora é um receio em relação ao cenário econômico que se apresenta”, avalia Cardoso, se referindo à crise financeira internacional.

No caso da extinção de empresas, Cardoso explica que o perigo de recessão, a alta carga tributária do país e a falta de planejamento são os motivos mais comuns. “Para se constituir uma nova empresa a busca por informações sobre determinado segmento de atuação bem como sobre a região onde se quer operar é fundamental. O que se percebe é que muitos falham nesta análise, contudo, a queda no fechamento de empresas em janeiro pode estar indicando uma maior eficiência na gestão”, percebe o economista.

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