Mesmo com incertezas, brasileiro não vai desistir de consumir, diz especialista

SÃO PAULO – O brasileiro não vai realizar mudanças drásticas em seus hábitos de consumo ou desistir de consumir por conta do conturbado cenário econômico apresentado nas últimas semanas.

Ao menos,…

SÃO PAULO – O brasileiro não vai realizar mudanças drásticas em seus hábitos de consumo ou desistir de consumir por conta do conturbado cenário econômico apresentado nas últimas semanas.

Ao menos, esta é a opinião do especialista em consumo e coordenador do curso de marketing da pós-graduação e MBA da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), Richard Vinic, para quem a falta de educação para o consumo e a demanda reprimida durante anos explicam a resistência a mudanças nos hábitos de consumo do brasileiro.

“O Brasil sempre teve uma demanda reprimida muito grande, que diminuiu, nos últimos anos, com o aumento do poder de compra da classe C (…) Contudo, o brasileiro não tem educação para o consumo e, hoje, mais de 80% das decisões de compra são emocionais, o que aponta que o brasileiro não vai abrir mão do que conquistou, o cenário conturbado não vai impactar, por enquanto”, analisa.

Compras maiores

A exceção, diz Vinic, são os consumidores das classes mais altas que, por terem uma postura de maior pesquisa e informação, podem substituir produtos e, principalmente, adiarem a compra de bens de maior valor agregado, como carros e imóveis.

O professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Fábio Gallo, também acredita em desaceleração das compras maiores. Contudo, para ele, o atual cenário econômico internacional não é a principal razão de tal movimento e, sim, as medidas tomadas pelo governo desde o final do ano passado.

“Seremos afetados pelo menor dinamismo do mercado internacional, mas a desaceleração do consumo vem ocorrendo desde o fim do ano passado, em virtude das ações tomadas pelo governo (…) Para o segundo semestre esperamos que o menor crescimento do consumo continue. O dinheiro está muito caro no Brasil, o crédito está mais caro, isso conduz o consumidor a adiar as compras mais caras e substituir produtos (…) Podemos esperar presentes mais baratos no Natal”, finaliza.

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