Nota Técnica: Massa de salários cresce e deve puxar o comércio

Em janeiro, conforme divulgado pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, a taxa de desocupação na RMPA subiu 0,6 p.p., atingindo 4,4%, na série livre de efeitos sazonais. Tal resultado é explicado por uma…

Em janeiro, conforme divulgado pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, a taxa de desocupação na RMPA subiu 0,6 p.p., atingindo 4,4%, na série livre de efeitos sazonais. Tal resultado é explicado por uma elevação de 0,37% na população economicamente ativa (PEA) combinada com a perda de, aproximadamente, 0,14% dos postos de trabalho. Contudo, mesmo com a queda no número de ocupados, principalmente no setor público, a massa de salários cresceu 1,41%, influenciada pelo aumento do rendimento médio. Nesse sentido, continuamos acreditando em boas perspectivas para o mercado de trabalho, o que trará efeitos positivos para as vendas do comércio gaúcho.

No mês de janeiro o principal determinante da elevação na taxa de desocupação foi a entrada de novos trabalhadores na população economicamente ativa. Se observarmos os dados sem efeito sazonal, veremos que o volume de pessoas dispostas a trabalhar elevou-se em 0,37%, o que é explicado pelo aumento natural da população e pelos salários elevados, que induzem a população aumentar sua oferta de mão-de-obra. Além disso, como já apontamos, houve queda nos postos de trabalho, mas que anormalmente ocorreu no setor público, que desligou 23 mil, enquanto que os demais setores apenas sofreram o natural efeito sazonal, de demissão no comércio, que foi pequena, e de não contratação na indústria.

Em sentido oposto à redução do número de ocupados, a massa de salários obteve ganhos reais em janeiro, crescendo 1,41% em relação a dezembro. Isso ocorreu por que mesmo tendo redução de postos de trabalho, o rendimento médio passou de R$ 1469,73 para R$ 1521,10, crescendo quase 3,7% em apenas um mês, mais que compensando a perdas de postos de trabalho. Ainda, lembramos que em 12 meses o rendimento médio real cresce a 8,1%, o que, combinado com a geração de postos de trabalho, faz com que a massa de salário cresça quase 13% na mesma base de comparação.

Dessa forma, vemos que no mês de janeiro, o mercado de trabalho continuou mostrando um bom desempenho, salvo resultado do setor público, que perdeu postos de trabalho. Além disso, a massa real de salários teve um resultado muito favorável, o que deve impactar positivamente os resultados do início do ano do volume de vendas do comércio. Para o resto do ano, acreditamos que a taxa de desocupação deve cair mais, pois a estimativa de crescimento, baseado na confiança dos setores produtivos, nos indica que as contratações devem ser menores do que em 2010, porém suficientes para captar todos os entrantes no mercado de trabalho.

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