Nova promessa para o Cais

Governadora Yeda apresentou ontem projeto que revitaliza área do Centro

Depois de mais de duas décadas de planos abandonados e de nove meses de análise, um novo projeto promete revitalizar o Cais do Porto da Capital. A governadora Yeda Crusius entregou ontem ao prefeito José Fogaça a versão final da proposta que será encaminhada à votação na Câmara de Vereadores. A promessa é abrir a licitação nos próximos meses e concluir o novo complexo antes da Copa do Mundo de 2014. O plano de construção de prédios comerciais e de utilização dos armazéns para o funcionamento de bares, restaurantes, lojas e estabelecimentos culturais será agora avaliado pela Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento (Cauge) da prefeitura. Com o parecer, o projeto será encaminhado à Câmara para alterações no Plano Diretor que rege a área portuária. Após a aprovação, o Estado lançará edital para selecionar a empresa que executará as obras. O custo do empreendimento que abrange 2,5 quilômetros de extensão entre a Rodoviária e a Usina do Gasômetro foi reajustado de R$ 400 milhões para R$ 500 milhões. A empresa que vencer a licitação executará as obras recebendo, em contrapartida, a concessão de exploração do local por 25 anos, prorrogáveis por igual período. A expectativa é de que a licitação atraia cinco empreendedores interessados. – É um sonho dos porto-alegrenses voltar a ter contato com o seu rio. A revitalização passa a ser um elemento fundamental para o Estado para que Porto Alegre seja sede da Copa – avaliou Yeda.Para o prefeito Fogaça, o novo porto será um marco não só para a Copa do Mundo como para a cidade. O projeto existente é um plano de negócios, que estabelece as regras de ocupação da área e já contempla análises de viabilidade urbanística e ambiental. Edemar Tutikian, coordenador executivo do projeto de revitalização, ressaltou que a empresa que executará a obra poderá fazer alterações nas características arquitetônicas projetadas pela M. Stortti Consultores Associados. Tutikian, no entanto, considera mais adequado concentrar as construções na área das docas em duas torres – uma de escritórios, de 80 a cem metros de altura, e outra mais baixa, para um hotel. Há também a possibilidade de construção de um shopping na área próximo à usina do Gasômetro. Esse prédio seria mais baixo para não interferir na paisagem. Desde a seleção do projeto inicial, em julho do ano passado, pelo menos duas alterações foram feitas por técnicas do Piratini e da prefeitura. A ideia inicial era erguer um hotel de 20 andares e 280 apartamentos junto à Usina do Gasômetro. Com a limitação de altura no trecho, o prédio foi transferido para a área das docas, junto à rodoviária. Nas docas, em vez de duas torres comerciais, agora serão quatro prédios de 10 andares e o do hotel, de 15 andares.

Por que pode dar certo
1) Para Edemar Tutikian, coordenador da revitalização, a proposta atual é diferente das anteriores porque foram antecipadas as análises de viabilidade urbanística e ambiental. Isso significa que os empreendendores terão todas as regras definidas desde o início, com menos riscos. – Antes de chamar os empresários, discutimos as legislações relacionadas ao uso da área e realizamos levantamentos do local e suas necessidades de infraestrutura.

2) A possibilidade de Porto Alegre ser uma das cidades-sede da Copa de 2014 pode servir de estímulo para a concretização do projeto. Além de valorizar e qualificar a área central da cidade, o projeto se integra a melhorias previstas em outras áreas, como a extensão do metrô e a duplicação da Avenida Beira-Rio.

3) Ao contrário de outros projetos, o Cais Mauá prevê recursos da iniciativa privada para a execução das obras em troca de concessão de uso.

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